terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Entendendo o saque do FGTS

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi criado com o objetivo de proteger o trabalhador demitido sem justa causa, mediante a abertura de uma conta vinculada ao contrato de trabalho. Dessa forma, no início de cada mês os empregadores depositam em contas abertas na Caixa, em nome dos empregados, o valor correspondente a 8% do salário de cada funcionário. O FGTS é então composto por esse total de depósitos mensais. Em algumas situações os empregados podem dispor do total em seus nomes.

O Governo anunciou que a partir de março as pessoas que têm dinheiro em contas inativas do FGTS poderão sacar todo seu saldo. O dinheiro que está a conta do FGTS tem um rendimento, porém é o menor de todos, com apenas 5% ao ano (poupança rendeu 8,3%, tesouro Selic 10,3%).
A consulta do saldo na conta FGTS pode ser feita pela internet com o número do PIS e senha, que pode ser cadastrada na hora. Com o email também é possível ter acesso completo do extrato. O saque
Não será possível resgatar dinheiro de empregos atuais. O saque é referente à contratos de trabalho encerrados ate 31 de Dezembro de 2015. 
Segundo divulgado pelo governo Federal, a expectativa é de injetar R$ 30 bilhões na economia. Já a equipe de economistas do banco Santander fez uma projeção prevendo crescimento de 0,40% do PIB. No caso, eles estão mais otimistas que o Governo, prevendo cerca de R$ 41,4 bilhões em saques.
Existem casos da empresa não ter depositado o valor do FGTS, por uma série de motivos. O primeiro passo é que o profissional entre em contato com a empresa e veja se esta pretende regularizar a situação. O trabalhador tem um prazo de dois anos, a partir do fim do contrato, para denunciar a empresa na Justiça. Esta também pode ser feita anonimamente para o Ministério do Trabalho e Emprego. É possível calcular o valor do FGTS a se receber na página do Fundo Devido ao Trabalhador.
Alguns bancos já lançaram programas para adiantamento do saque do FGTS. Funciona como um financiamento. O Santander, por exemplo, tem linhas de crédito com taxas que variam entre 2,59% e 4,59% ao mês. É muito importante tomar cuidado com isso. Esperar a definição das datas de saque, cuidados com a burocracia, prestar atenção nas taxas de juros, renegociar dividas, não sair gastando o dinheiro, ter paciência e controlar o orçamento são cuidados mais que necessários. Existem até empréstimos disponíveis com taxas melhores, por exemplo. Então se o dinheiro for mesmo necessário, pesquisar outras opções deve ser o primeiro passo.
Feito o saque, também deve-se planejar o que será feito com o dinheiro. Para aqueles que não têm dívidas, procurar aplicações mais atrativas, como títulos do Tesouro é uma boa. Já aqueles que pretendem usar o dinheiro para cobrir dívidas, deve-se dar prioridade para aquelas que têm taxas de juros mais altas, como cartão de crédito e cheque especial.

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