segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

O que esperar de 2017 para investimentos?

Anualmente a corretora Órama cria um ebook de Cenários e Investimentos para orientar investimentos e as estratégias a serem traçadas.
O ano de 2016 teve os seguintes resultados:

- Investimentos mais rentáveis foram aqueles com posições em ações e fundos de ações
- Ibovespa subiu cerca de 40%, porém com muita volatilidade (oscilações)
- Mais um ano bom para investimentos de renda fixa
- Selic passou quase o ano todo na faixa de 14,25%, com primeiro corte só ocorrendo em Outubro
- A poupança rendeu 8%
- Fundos multimercado tiveram comportamento misto

1) Cenários

a) Desglobalização: a eleição de Donald Trump para presidência dos EUA gera uma série de dúvidas e incertezas. A globalização, que já encurtou muitas distâncias, hoje pode estar vivendo uma crise.



b) 2016, o ano que não queria terminar
2016 foi um ano muito conturbado. Já começou com o despencar de preço do barril de petróleo. O cenário de incertezas da China também acabou resultando uma contaminação no preço de ativos e ações. Isso acabou afetando todos os mercados globais. 
No Brasil, o país começava o ano com um novo ministro da Fazenda, Nélson Barbosa, que tentava construir um ambiente de recuperação. O processo de impeachment da então presidente da república, Dilma Rousseff foi entregue à Câmara, em paralelo com um cenário de enormes manifestações pelas ruas, decorrentes da situação do quadro político. 
Após o processo, o então vice presidente Michel Temer assumiu interinamente, e depois definitivamente, com uma nova equipe econômica formada. O diagnóstico estava pessimista, resultando numa série de propostas de reformas e mudanças constitucionais. 
Na Europa, o Reino Unido se desligou da União Europeia, gerando novos estresses ao mercado.
Por aqui, mesmo com as Olimpíadas, não foi possível mudar o cenário de indefinições. A PEC do teto de gastos foi aprovada num cenário de enorme revolta. Medidas fizeram com que a inflação terminasse o ano mais comportada do que o esperado. Também foi planejada a reforma da previdência.

c) Perspectivas para 2017

i) Cenário de referência: A economia global não se modifica de forma importante com Donald Trump na presidência americana, havendo somente impactos pontuais. (60% de probabilidade)

- Economia global segue em marcha estável de crescimento (3%)
- Oscilação do preço do barril de petróleo
- Elevação dos juros
- Crescimento da China
- Reforma da Previdência Social
- Reforma Tributária
- Mais endividamento de estados e municípios
- queda da Selic 
- Crescimento do PIB

ii) Cenário alternativo: a economia global irá se ressentir de forma contundente com Trump (30% de probabilidade)

- Elevação das taxas de juros
- Crescimento da China afetado
- Elevação de preços do petróleo
- PIB zerado
- Desvalorização do dólar
- Interrupção da queda da Selic

iii) Cenário delicado: questão política local traz várias surpresas com as delações da Lava-Jato e o governo Michel Temer pode correr riscos. (10% de probabilidade)

- taxa de câmbio elevadíssima

2) Investimentos

a) Retrospectiva 2016

- Renda Fixa: ano positivo, com relação risco-retorno muito atraente. Rendimento acumulados ultrapassaram a casa dos 20%. Taxa Selic se manteve estática na maior parte do tempo em torno de 14,25%.

- Ações: potencial de valorização significativo

- Dólar: Dólar em alta no exterior

- Fundos Imobiliários: boas oportunidades

b) Recomendações para 2017

- manter um percentual superior a 50% em renda fixa com o objetivo de proteger o patrimônio e tirar proveito da boa relação risco-retorno.

- Juros Selic mais baixa e CDI médio entre 12,5% e 13%

- Títulos públicos ou privados atraentes: LCI, LCA, CDB, LC, debêntures e fundos com carteiras compostas por esses títulos

- Fundos de crédito privado: devem continuar entregando bons resultados

- Fundos  Multimercado: também podem proporcionar bons ganhos

- Renda Variável: boas oportunidades nos fundos de ações. O setor de infraestrutura é o destaque. O setor imobiliário também pode se beneficiar. Boa escolha no setor financeiro.

- Dólar: não há espaço para grandes lucros (deve variar entre R$ 3,20 e R$ 3,50)

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