sábado, 31 de dezembro de 2016

Respondendo algumas dúvidas sobre o Tesouro Direto

Muito se fala sobre investir no Tesouro Direto, já que hoje é um título que apresenta uma atratividade muito maior do que a poupança, por exemplo. Porém, para aqueles que ainda não investiram, existem dúvidas frequentes. A pedido de alguns dos nossos leitores, seguem algumas dessas perguntas e suas respostas:

Onde faço a compra e a venda dos títulos do Tesouro?

É possível fazer as operações dos títulos do Tesouro Direto em vários lugares. Eles estão disponíveis nas corretoras, no próprio portal do Tesouro Nacional e também nos principais bancos de varejo. A diferença se dá em função de taxas de administração quem podem ou não ser cobradas e cada uma destas instituições e também do suporte. Recomendo a Easynvest, pois além de todo um suporte, uma plataforma de fácil usabilidade, tem isenção da taxa de administração.



É possível calcular o retorno que terei com os investimentos?

Em primeiro lugar, podemos classificar os títulos do tesouro em três categorias: prefixados, pós-fixados e mistos. Os primeiros rendem a partir de uma taxa definida no dia da aplicação, sendo possível calcular o valor final na data de resgate. Já os títulos mistos e pós-fixados estão atrelados a algum índice econômico, como IPCA e SELIC, logo, eles podem variar. Por isso, para calcular o retorno, é preciso que seja feita uma previsão desses índices econômicos, não sendo o valor 100% real. A calculadora oficial encontra-se neste link.

Se a corretora falir eu perco todo meu dinheiro investido no Tesouro?

A corretora é responsável apenas pelo intermédio da operação. O título fica vinculado ao CPF do investidor. Casa ocorra a falência da corretora, basta solicitar a guarda dos investimentos para outra instituição financeira. 

É necessário fazer um acompanhamento constate dos meus títulos?

É importante que esse acompanhamento seja feito de certo em certo tempo. O sistema até facilita enviando email com relatório mensal. Os títulos prefixados não necessitam tanto esse acompanhamento, mas os demais títulos, que variam com os índices econômicos, precisam ser vistos de certo em certo tempo.

O investimento tem duração?

Sim, os títulos, na hora da compra, já informam sua data de vencimento. Nessa data o valor é devolvido ao investidor, que pode escolher por reinvestir em novos títulos.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

O que fazer para continuar com os mesmos hábitos e gastar menos?

                A história da humanidade é marcada, desde os tempos medievais, por ser fundamentada na economia capitalista, simbolizada pelo dinheiro. No início, o dinheiro era o ouro. Depois vieram os bancos, que passaram a emitir o vale-ouro, ou o papel-moeda.
                Para os clássicos, a sociedade é composta por consumidores e empresários, que procuram a máxima satisfação e o máximo lucro por meio de bens e serviços, considerados úteis, satisfatórios e lucrativos. Ou seja, a economia é voltada para a produção e o consumo de bens.
                Na sociedade em que vivemos, indivíduos são livres e podem escolher se querem trabalhar ou não, como querem trabalhar, onde querem morar. Esse modelo de sociedade só é possível se existir o dinheiro. Cada indivíduo vende o seu trabalho e gasta os rendimentos como quiser. O dinheiro é, portanto, responsável por transformar todas as coisas em quantidades.
                Logo, o sistema funciona com as empresas querendo aumentar seus lucros, ganhar mais dinheiro, o que é feito com o aumento de suas receitas. Para isso, precisam vender mais. Introduzindo os conceitos de Business do Business (B2B) e Business to Consumer (B2C), podemos exemplificar uma situação muito frequente. Por exemplo as fábricas de alimentos. Estas fazem seus produtos e vendem para lojas e supermercados, que é uma relação B2B. O consumidor final é alcançado quando este vai até o supermercado realizar a compra do alimento, numa relação B2C. De uma maneira geral, para que as vendas aumentem, é necessário que haja grande interesse dos consumidores finais, dessa forma, as lojas fazem as famosas promoções, ofertas e liquidações, para impactar toda a “cadeia produtiva”.



                Com isso, se o indivíduo não tomar cuidado, ele acaba caindo em tentação e gastando até mais do que tem. Um filme que expressa muito bem isso é “Os Delírios e Consumo de Becky Bloom”. Frente a diversos cartões de crédito e inúmeras liquidações, Becky acaba gastando mais do que tem, e, procurando novo emprego, acaba sendo contratada para trabalhar justamente para uma revista de finanças. Para que não acabemos igual a Becky, é importante se conscientizar e realizar algumas medidas:

   1)     Antes de mais nada, ter controle sobre as finanças. Saber o quanto tem de saldo, contas a pagar, dívidas, empréstimos. Existem diversas formas de controlar as finanças, o ideal é que a pessoa escolha a que mais se adapte e que seja prática. Pode ser um caderninho, uma planilha ou até aplicativos, como o Guia Bolso.

      2)      Projetar os gastos e as receitas futuras, para não ter nenhuma surpresa.

    3)  Realizar um planejamento financeiro e estabelecer metas. Não sair gastando de cara é fundamental. Uma boa estratégia deve ser tratada, dando prioridade inicial para as coisas mais importantes e os custos estratégicos.

    4)     Cortar gastos desnecessários e não comprar por impulsos. Seguindo na linha o planejamento, também deve-se estabelecer alguns limites para gastos como lazer ou compras desnecessárias, para que não sejam extrapolados. Sempre pensar duas vezes antes de realizar a compra, verificando se esta é realmente necessárias naquele momento.
   

      5)     Guardar parte das rendas para investimentos, para que o dinheiro também passe a ter um retorno. 

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Retrospectiva 2016: FONTES CONFIÁVEIS PARA PLANEJAMENTO FINANCEIRO

Um erro bem comum no planejamento financeiro pessoal e de uma empresa é se basear em notícias sensacionalistas, falsas e pouco fundamentadas do Facebook, gurus da internet e comentários de almoço de domingo.

Como encontrar dados reais em um mar de informações falsas?

O boletim FOCUS é um documento publicado semanalmente pelo Banco Central do Brasil. Ele serve de panorama real e bem fundamentado das expectativas de mercado e condução da economia. São expostos os índices mais relevantes da economia brasileira (Inflação, Taxa Selic, cotação média do dólar, etc..) em um intervalo de 24 meses: 12 meses para trás e 12 meses para frente com relação à data em questão. Não se tratam de previsões do futuro, mas consolidação de expectativas do mercado, governos e políticas adotadas. Governantes não têm influência sobre a publicação desses números. Trata-se de estudos feitos por economistas bem conceituados.

COMO ISSO ME AJUDA NAS FINANÇAS PESSOAIS E DE MINHA EMPRESA?

Esses relatórios são a primeira base para “precificação” de índices importantes, como a taxa SELIC, que rege todos os investimentos de renda fixa, por exemplo. Além disso, serve para planejamento futuro de investimentos, sonhos e novos empreendimentos. A imagem abaixo é da previsão da inflação para 2016 e 2017. Observe como no final de 2015 até meio de 2016 houve um aumento muito grande por conta da instabilidade política. Planeje-se, procure fontes confiáveis e seja criativo!



O relatório completo pode ser visto em: https://www.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp






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Texto de Davi Martins, Engenheiro, Investidor, Boleiro e Aprendiz de Tênis

Os 10 posts mais acessados de 2016

O ano de 2016 foi marcado por uma instabilidade econômica no Brasil. O brasileiro passou a se preocupar mais com suas despesas e a procurar novas formas de investir. Também foi o ano de criação da GFC - Gestão Financeira Criativa, com a missão de contribuir para o crescimento da educação financeira no Brasil. Diversos posts de finanças pessoais e finanças para pequenos negócios forma feitos. Abaixo estão os 10 posts que mais foram acessados no decorrer do ano:


Muitas pessoas não sabem que é possível fazer dinheiro através de conteúdos postados em sites e blogs. O post mostra como isso é possível.


2016 foi marcado por um ano de alta inflação. O post mostra os setores mais afetados pela inflação no mês de Setembro.


Sair da poupança e buscar outras formas de investimentos de renda fixa, tão seguros quanto, e bem mais rentáveis passou a ser muito interessante para o brasileiro. Porém, as vezes, o grande número de investimentos pode ser uma complicação a mais na hora da escolha. O post mostra uma boa forma de fazer a comparação destes investimentos.


O mundo parou após a tragédia que causou a queda do avião que levava o time da Chapecoense para disputar a final da Copa Sul Americana de 2016. Porém, em meio ao caos que vive o futebol brasileiro hoje, a Chapecoense é um exemplo de gestão administrativa.

5. CDI

Boa parte dos investimentos de renda fixa são atreladas ao índice chamado CDI. O post explica o que é e como este funciona.


A Semana Global do Empreendedorismo é um movimento internacional de incentivo ao empreendedorismo. O post explica um pouco mais sobre o movimento e qual foi o objetivo da SGE 2016.


Investir de forma segura, com pouco dinheiro e rentabilidade interessante? Os fundos imobiliários são uma boa opção!


Boa parte das pessoas deseja começar a investir, porém não sabe por onde começar. O post dá dicas sobre como dar os primeiros passos.


A Black Friday vem crescendo a cada ano no Brasil. Nesse ano, algumas empresas ligadas ao setor financeiro também ofereceram seus produtos e serviços com descontos.


Pesquisa mostra o atual cenário do empreendedorismo dentro das universidades do Brasil.


quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Investir de forma segura e com pouco dinheiro. É possível?

Nesses últimos anos, ao entrar em sites como Exame, Infomoney e blogs de finanças aumentou-se muito as falas sobre o Tesouro Direto. Paralelamente passou-se a falar muito mal da caderneta de poupança. Mas por que será?

A caderneta de poupança encerrou o ano de 2015 com saque líquido de quase R$ 54 bilhões, o maior registrado desde 1995, ano que o Banco Central iniciou a série histórica.    Segundo Marcos Silvestre, autor do livro “Tesouro Direto – A Nova Poupança”, podemos dizer que dois fatores explicam esse movimento de saques: o aumento do desemprego e o achatamento da renda do trabalhador, com o desgaste do poder aquisitivo gerado pela inflação acelerada. Porém nem todos que saíram da poupança se enquadram nestes dois casos. Muito investidores, ao perceberem que a poupança, que pagou no ano passado um acumulado de apenas 8,09%, contra uma inflação de 10,67%, não quiseram mais ver seu dinheiro desvalorizar, e passaram a buscar outra alternativa. Ai é que entra o famoso Tesouro Direto.

Estes títulos públicos, negociados em uma plataforma online, teve em dezembro de 2015 mais de 600 mil cadastros, atingindo seu maior número de investidores desde janeiro de 2002, quando foi iniciada a série histórica. Para explicar tal sucesso, podemos destacar os seguintes fatores:

 - Rentabilidade: ao contrário da poupança, o Tesouro bateu a inflação em 2015.
- Acessibilidade: é possível comprar títulos do Tesouro a partir de R$ 30, valor mínimo totalmente acessível.
- Segurança: é a única aplicação 100% garantida pelo Tesouro Nacional, chegando a ser mais segura até que a poupança
- Praticidade: A compra e venda dos títulos é feita pela web

Vários bancos oferecem plataformas para compra de títulos do Tesouro. Isso também é possível ser feito por meio do próprio portal do Tesouro (http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto), porém, a melhor alternativa é através das Corretoras. Estas, além de boa parte oferecer isenção de taxas de administração de títulos públicos, têm equipes de suporte, vídeo aulas. O vídeo abaixo mostra como é simples comprar estes títulos.


               
 O tempo de investimento para títulos do Tesouro Direto é um fator importante. Não só pelo rendimento, mas também pela incidência do imposto de renda, que é retido na fonte. Para aplicações no prazo de até 6 meses, o IR é de 22,5% sobre os ganhos brutos. De 6 meses a um ano é de 20%, entre um e dois anos é de 17,5% e acima de dois anos cai para 15%.

Além do imposto de renda, há ainda a incidência de uma taxa de custódia da BM&FBOVESPA, fixada em 0,30% sobre o valor aplicado, e a taxa da corretora, que varia de 0% a 2%.

Os títulos do Tesouro Direto são feitos exclusivamente para pessoas físicas, focando nos pequenos investidores. Os ativos financeiros que se pode comprar ou vender por meio do Tesouro Direto são títulos da Dívida Pública Federal do Brasil. Estes são papéis de elevada segurança, pois nossa dívida pública é relativamente pequena, bem distribuída, alongada e pouco exposta às flutuações nas finanças globais. Os títulos disponíveis são:

 - Prefixados: no momento da compra o investidor já fica sabendo qual será a rentabilidade bruta  que irá ganhar
- Indexados a taxa Selic: o investidor terá a rentabilidade bruta em termos do que der a taxa Selic acumulada no período entre a compra e a data de vencimento
- Indexados ao IPCA: parte da rentabilidade é totalmente prefixada e a outra parte pagará o que der a inflação do IPCA acumulada entre a data da compra e a data do vencimento do título

     A escolha do título deve ser feita com o que o investidor deseja, devendo considerar:

- Métrica da rentabilização: títulos préfixados x pósfixados x híbridos
- Prazos de maturação: variam de 25 a 34 anos
- Sonhos que casam melhor: meta de médio, longo ou longuíssimo prazo
      - Valor do título: a partir de R$ 30

sábado, 17 de dezembro de 2016

Sobrevivência das empresas no Brasil

O Sebrae e a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgam a cada dois anos um estudo sobre a sobrevivência das empresas no Brasil. Este é considerado o principal termômetro de desempenho dos pequenos negócios no país. O estudo é atualizado desde 2011, chegando neste ano no terceiro relatório, com o objetivo de identificar a taxa de sobrevivência e mortalidade das empresas com até 2 anos de atividade. A novidade deste ano é que além dos dados disponibilizados pela Secretaria da Receita Federal (SRF), também foram pesquisadas, em paralela, 2.006 empresas.
Com base nas empresas constituídas em 2012, a taxa de sobrevivência das empresas com até dois anos de atividade foi de 76,6%, maior taxa de sobrevivência já calculada desde 2008. A taxa de mortalidade caiu para 23,4%. Os gráficos estão mostrados abaixo.


Segundo o estudo, este cenário positivo se deu em função da evolução do PIB, evolução da taxa de juros, evolução do rendimento médio real dos trabalhadores, evolução do salário mínimo, evolução da taxa de desemprego. Houve também a implantação da lei geral das micro e pequenas empresas, criação da figura do Micro Empreendedor Individual, e a implantação e ampliação do simples nacional.
O resultado por porte da empresa é mostrado na figura abaixo, categorizando Micro Empreendedor Individual (MEI), Microempresas (ME), Empresas de Pequeno Porte (EPP), Médias Empresas (MdE), Grandes Empresas. Pelo gráfico, é possível ver que as EPP, MdE e GdE possuem perfis muito próximos de taxa de sobrevivência, acima de 95%. Já as ME possuem uma taxa muito baixa, de apenas 55%, enquanto os MEIs possuem 87%. Esses resultados mostram que as empresas maiores já possuem uma estrutura mais organizada e de maior capital. A preocupação maior fica para as micro empresas.



A implantação do MEI teve um impacto muito positivo na sobrevivência das empresas, por conta da redução da burocracia e menores custos. 
O Sebrae realizou uma pesquisa com empresas com o propósito de identificar os fatores que determinam a sobrevivência e a mortalidade das empresas. Os fatores contribuintes foram situação antes da abertura (tipo de ocupação do empresário, experiência no ramo, motivação para abrir o negócio), planejamento do negócio, gestão do negócio e capacitação dos donos em gestão empresarial.


Com base nos principais motivos levantados acima, ter um planejamento estratégico, focando no planejamento financeiro é fundamental para a sobrevivência das empresas.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Incerteza da Economia

O Instituto Brasileiro de Economia da FGV (IBRE) lançou na última semana um novo índice. Trata-se do Indicador de Incerteza da Economia Brasileira. Ele é composto a partir da frequência de notícias com menção à incerteza, dispersões das previsões de empresas para a taxa de câmbio e o IPCA, volatilidade do mercado financeiro. 
Segundo o economista Frank Knight, incerteza tem sua definição associada a inabilidade das pessoas em prever a probabilidade associada a certos eventos. No cenário de crise econômica, a incerteza acaba piorando a recessão.O primeiro relatório mostra os resultados obtidos até Novembro de 2016. 


O gráfico acima foi feito no intervalo de março de 2000 até novembro de 2016. Alguns ponto são registrados no gráfico, como acontecimentos marcantes para o desempenho, promovendo queda ou aumento evidente. Eles são: Eleições Presidenciais de 2002, com a eleição do presidente Lula; Crise Econômica mundial de 2008; e por fim, a crise econômica recente. 

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

O ano está acabando...é hora de se planejar!

Já estamos quase no meio do mês de Dezembro. Os shoppings e comércios já alteraram seus horários de funcionamento por causa do Natal, escolas e faculdades já estão entrando em férias. Esses são sinais de que 2016 está acabando, e mais do que isso, de que já está passando a hora de se planejar para 2017. 
Tanto empresas quanto pessoas físicas precisam tirar um tempinho para sentar e ver como foi o ano de 2016:

- levantar os gastos e as receitas para ver o saldo do ano
- verificar quais custos estão impactando mais
- levantar valores que deverão ser pagos nos próximos meses, como empréstimos, dívidas
- verificar investimentos e suas rentabilidades
Feito isso, tendo uma boa base de dados, é importante verificar como vai ser o próximo ano:
- projetar receitas e despesas fixas
- criar um plano de investimentos

A economia passa por uma série de reajustes, seja na inflação, salário mínimo, etc. Por isso, existem projeções que são feitas que acabam auxiliando nossas contas. Uma ferramenta muito útil é o Sistema de Expectativas do Banco Central. Nela, é possível consultar tanto o passado quanto as projeções futuras. É possível consultar por exemplo a Inflação, PIB e taxa de câmbio.
Para empresas, o ContaAzul disponibiliza uma planilha de Planejamento Financeiro totalmente gratuita, com uma série de abas para definir os rumos da empresa nos próximos anos.


Em relação às Finanças Pessoais, existem vários aplicativos que contribuem para a organização e o Planejamento Financeiro. O Guia Bolso possibilita criar um planejamento de quanto de renda é esperado, a previsão de gastos, por categoria, e a criação de metas. É possível, por exemplo, planejar uma viagem, estimando um valor mensal a ser guardado. Ele dá um acompanhamento em tempo real disso.


É importante se planejar, porque assim se previne o caos e favorece uma vida financeira mais saudável. O consultor de finanças pessoais especializado no mercado financeiro, Nélio Costa, fez uma associação entre o conceito de entropia e finanças: “Sabe porque é difícil controlar as finanças pessoais no dia a dia? Pelo mesmo motivo que construir um castelo de cartas é mais difícil que derrubar. O estado natural das coisas é o caos e na vida financeira também é assim”. Ou seja, se não nos planejarmos e organizarmos, a tendência natural é o caos.



segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

CPF na Nota? Claro!

Para os moradores do estado de São Paulo, vale mais do que a pena colocar o CPF na nota.

Confira o vídeo abaixo explicando como se cadastrar no sistema da Nota Fiscal Paulista


sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Inflação de Novembro e o aumento da gasolina

O IBGE divulgou os resultados de novembro do Índice de Preços ao Consumidor, o IPCA, do mês de Novembro. A inflação do país, que teve desaceleração de 0,26% para 0,18%. É o menor índice para o mês de Novembro desde 1998.
As maiores quedas foram nos grupos de alimentação e bebidas (-0,20%) e artigos de residência (-01,6). As maiores altas foram com saúde de cuidados pessoais (0,57%) e despesas pessoais (0,47%). O acumulado no ano é de 6,43% e 7,39% nos últimos 12 meses.
A estimativa do boletim FOCUS é de que o IPCA fechará 2016 em 6,69%.
Investimentos do Tesouro com taxa fixa + parcela atrelada ao IPCA ainda são bem atrativos, por apresentarem boa rentabilidade e segurança, além de ser possível investir com pouco menos de R$ 40.


Na última semana a Petrobras anunciou alta na gasolina. Ao contrário do que ocorreu no último informe, que foi de queda, destas vez boa parte dos postos de combustível já repassaram o aumento aos consumidores. Em média, o preço do Diesel foi elevado em 9,5% e o preço da gasolina em 8,1%. As principais variáveis para o aumento foram o aumento do preço do petróleo e derivados e a desvalorização da taxa de câmbio. De acordo com a lei brasileira, o preço do diesel pode subir até R$ 0,17 por litro, enquanto o da gasolina R$ 0,12 por litro.
Uma forma de economizar um pouco com essa categoria é a pesquisa dos postos que oferecem combustíveis com preços mais atrativos, em cada região. Basta acessar o site Preço dos Combustíveis e pesquisar por cidade, estado ou bairro. 

A Reforma da Previdência Social

Nos últimos dias tem-se falado muito da previdência social. O motivo é a Proposta de Emenda Constitucional 287, que aborda a reforma da previdência, encaminhada pelo governo ao Congresso. A Previdência Social é um programa de seguro público que oferece proteção contra diversos riscos econômicos e em que a participação é obrigatória. São descontados das folhas salarias o COFINS, CSLL, PIS/PASEP
O primeiro regime de previdência surgiu na Alemanha. Existe um indicador, o Melbourne Global Pension Index, que ranqueia 25 países estudados quanto à robustez do seu sistema de previdência, englobando diversos pilares. São analisados mais de 50 itens, que são agrupados para aferir a adequação, a sustentabilidade e a integridade do sistema previdenciário. O Brasil apresentou em 2016 nota 55,1, nota C, conforme figura abaixo:


De acordo com o relatório, o Brasil poderia melhorar seus índices através de medias como:

- introdução de uma idade mínima para acesso
- introdução de um valor mínimo de contribuições obrigatórias para um fundo 
- aumento do tempo de contribuição
- introdução de acordos para proteger a aposentadoria para ambos os lados num divórcio
- possibilitar pessoas a se aposentarem gradualmente recebendo valor proporcional da aposentadoria

A PEC 287 apresenta as seguintes novidades, todas disponíveis neste link:

- Idade: Aposentadoria compulsória aos 75 anos ou voluntariamente aos 65 anos de idade e 25 anos de contribuição (a lei atual é compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 anos de idade ou aos 75 anos na forma de lei complementar; voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, desde que apresente 65 anos de idade e 35 anos de contribuição se homem, e 55 anos de idade e trinta anos de contribuição, se mulher ou, nas mesmas idades, com menos tempo de contribuição, com proventos proporcionais a este tempo)
- Pensão por morte: O valor básico do benefício de pensão por morte será de 50% dos proventos do servidor aposentado ou dos proventos a que teria direito o servidor ativo se estivesse aposentado por incapacidade permanente. O valor é acrescido de 10% para cada dependente, com limite de 100%.
- Teto INSS: contribuindo por 49 anos o trabalhador alcança o teto de R$ 5.189,82, valor anualmente reajustado pelo INPC.

Em agosto, o Governo fez uma previsão de déficit do INSS chegará no ano que vem a R$ 181,2 bilhões, equivalente a 2,7% do PIB. A redução deste déficit é um dos grandes motivos da reforma. 
Porém, de acordo com a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, a Anfip, que anualmente divulga dados da Seguridade Social, não há déficit, mas sim superávit, nos últimos anos. Segundo eles, entre 2005 e 2015 houve uma sobra de R$ 658 bilhões, dinheiro que foi usado em outras áreas e para pagar juros da dívida pública, descumprindo a constituição. O vídeo abaixo, da própria Anfip, explica a "Farsa do Rombo da Previdência".


Apesar deste contraponto, algumas alterações são positivas. A primeira é o aumento da idade mínima. O brasileiro está vivendo mais, e o novo número está de acordo com países em situações parecidas, como México e Chile. Outro ponto é a redução da diferença entre homens e mulheres. Porém, 49 anos de contribuição para se ter a contribuição social acaba sendo um número exagerado.
A conclusão que tiramos disso tudo é que não podemos só depender do dinheiro da previdência social quando nos aposentarmos. Desde cedo, o quanto antes melhor, é preciso se planejar e ir investindo dinheiro, pensando num futuro mais agradável. Opções como Previdência Privada e investimentos de Renda Fixa são boas formas disso.



quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Segurança nos Investimentos

Muitos brasileiros ainda investem na poupança justificando que este é o investimento mais seguro. De acordo com o Banco Central, pela primeira vez em 2016 os depósitos na caderneta de poupança superaram a onda de saques que vinha ocorrendo. O grande motivo é o pagamento da primeira parcela do 13º salario. Em novembro, a captação líquida somou R$ 1,881 bilhão. O retorno absoluto da poupança até outubro de 2016 8,33% ao ano.
A poupança já não se mostra há algum tempo como sendo a melhor forma de se investir em renda fixa. Em questões de segurança, liquidez e praticidade, outros investimentos como CDBs e títulos do Tesouro Direto já superaram a poupança. Além disso, vale lembrar que a poupança foi confiscada no Plano Collor.
Se a principal preocupação do investidor de renda fixa é segurança, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) foi criado em 1995 para institucionalizar uma rede de proteção para os depósitos e as aplicações dos clientes na instituições financeiras. As disposições legais e regulamentares do FGC são destinadas a:

(i) Proteger depositantes e investidores no âmbito do sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação;
(ii) contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema Financeiro Nacional (SFN) de forma a prevenir a possibilidade de crise bancária sistêmica

As instituições associadas aos FGC são a Caixa Econômica Federal e as instituições constituídas sob a forma de banco múltiplo, banco comercial, de investimento, de desenvolvimento, sociedade de crédito de financiamento e investimento, sociedade de crédito imobiliário, companhia de crédito hipotecário e associação de poupança e empréstimo em funcionamento no Brasil que realizem as seguintes atividades:

- recebam depósito à vista, a prazo ou em contas de poupança
- realizem aceite em letras de câmbio
- captem recursos através de emissão e colocação de letras imobiliárias, letras hipotecárias, letras de crédito imobiliário, letras de credito de agronegócio
- captem recursos por meio de operações compromissadas

As garantias são feitas na hipótese de decretação da intervenção, liquidação extrajudicial da instituição associada e reconhecimento, pelo BC, do estado de insolvência de instituição associada que nos termos da legislação em vigor, não estiver na situação anterior.



Os seguintes créditos e investimentos são garantidos:

- depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio
- depósitos em contas de investimentos
- depósitos de poupança
- depósitos à prazo, com ou sem emissão de certificado
- depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheque referentes à prestação de serviços, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares
- letras de câmbio
- letras imobiliárias
- letras hipotecárias
- letras de crédito do agronegócio

O total de créditos de cada pessoa com a mesma instituição ou com todas as instituições do mesmo conglomerado financeiro tem garantia até o valor máximo de R$ 250.000,00. Para tanto, devem ser somados os créditos de cada credor identificado pelo seu respectivo CPF contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro. 
As garantias são custeadas por contribuições ordinárias das instituições financeiras participantes (aplicação de alíquota de 0,0125% - 0,15% ao ano sobre o montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia). Também são receitas ao patrimônio do FGC: taxas de serviços decorrentes da emissão sem provisão de fundos, recuperações de direitos creditórios, resultado líquido dos serviços prestados e rendimentos de aplicação de recursos, remuneração e encargos correspondentes ao recebimento de valores devidos e receitas de outras origens.
De acordo com o relatório de demonstrações financeiras do 1º semestre de 2016 do FGC, a cobertura do FGC alcançava em junho deste ano montante necessário para cobrir 99,67% dos clientes. No primeiro semestre foi realizado o pagamento de cerca de R$ 31 milhões em garantias.
Ou seja, a poupança é só mais um dos tipos de investimentos que possuem garantia, logo a segurança deixa de ser um fator diferencial. 

Referência: Fortuna, Eduardo, Mercado Financeiro - Produtos e Serviços, 20ª Edição, Qualitymark

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Score de Crédito

Muitas pessoas ficam em dúvida sobre como funciona o processo de seleção de novos clientes do Nubank. Eles não informam abertamente, mas um fator que deve impactar na escolha é a situação do CPF da pessoa em órgãos como Serasa e SPC. Isso não funciona só para o Nubank, mas também para financiamentos nos grandes bancos por exemplo.
A Serasa Experian, Boa Vista SPC, entre outros, utilizam o Score de Crédito, uma ferramenta utilizada em mais de 100 países, que é resultado de um cálculo estatístico que tem por finalidade ajudar os consumidores e as empresas a realizarem negócios a crédito. São utilizadas informações públicas e outras disponíveis na base de dados, coletadas de acordo com a lei.
O Score indica a probabilidade de inadimplência de determinado grupo ou perfil no qual um consumidor se insere. 
São consideradas informações negativas constantes no banco de dados, consistentes em execuções judiciais, protestos, cheques sem fundos, ações de busca e apreensão, participação em empresas falidas ou em recuperação judicial e inadimplências. A cidade também é levada em conta, de acordo com seus níveis de inadimplência e o volume de atividade econômica da região.
O Score aumenta a democratização da avaliação de risco de crédito e hoje esta disponível também para as pequenas e médias empresas, aumentando a segurança na concessão de crédito. 
São sugestões para melhorar o Score: atualizar os dados cadastrais na Serasa Experian, Boa Vista SPC, etc, quitar dívidas pontualmente, regularizar ou negociar as dívidas vencidas e não pagas.
A classificação dos resultados é feita da seguinte maneira, de acordo com a Boa Vista SPC:


A consulta do Score pode ser feita em:

Boa Vista SPC: http://www.boavistaservicos.com.br/entenda-o-score/#
Serasa Experian: https://www3.serasaconsumidor.com.br/#/cadastro-positivo/termo-de-abertura

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Dica: Mova Mais

Praticar exercícios regularmente é fundamental para se ter uma vida saudável. A prática destes ajuda a manter a força e a elasticidade dos músculos, evita obesidade e acaba fazendo bem para a mente também. Não só isso, o exercício físico também ajuda a prevenir uma série de doenças.
Muitas pessoas têm dificuldade para começar a praticar exercícios, ou até mesmo começam, mas não conseguem mantê-los na rotina.
A dica da vez, que faz a conciliação entre exercícios físicos e finanças é o Mova Mais. Trata-se de uma startup brasileira que tem um incetivo diferente para as pessoas praticarem corridas, caminhadas ou andar de bicicleta. O retorno não é exatamente em espécie, mas sim em pontos, que podem ser convertidos em Multiplus. Este crédito pode ser utilizado em passagens aéreas, diárias em hotéis, aluguel de carros e mais de 550 mil opções de produtos e serviços.

Para participar do Mova Mais, o usuário deve se cadastrar no site e conectar a sua conta a um dos apps de exercícios físicos suportados pelo Mova Mais, como Strava, RunKeeper ou MapMyRun. Quando for correr, caminhar ou andar de bicicleta basta utilizar um desses apps. O Mova Mais detectará a atividade automaticamente. Tais atividades gerarão pontos.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Redução da Selic e Novidades no Tesouro Direto

No último dia 30 o Copom decidiu reduzir a taxa Selic de 14% para 13,75% ao ano. Fator decisivo foi o valor do PIB indicado pelo IBGE, que apresentou uma queda de 08% no terceiro trimestre, em comparação com o trimestre anterior. Os setores que apresentaram maior queda foram Agropecuária, transporte, armazenagem e correio. As maiores altas foram na produção e distribuição de bens de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana.
Os valores do PIB acabaram abaixo das projeções, tal fator sinaliza que a retomada da atividade econômica do Brasil seja mais lenta e gradual do que o esperado.
No cenário externo, há incertezas. O aumento da volatilidade dos preços de ativos indica o possível fim do período das economias emergentes. Há uma boa probabilidade da retomada do processo de normalização das condições monetárias nos EUA no curto prazo. As incertezas dos rumos da política econômica ainda existem.
A inflação mostrou-se mais favorável que o esperado. As expectativas da pesquisa Focus são da inflação girando em torno de 4,9% para 2017 e 4,5% para 2018.
Apesar das reduções, os títulos do Tesouro Direto atrelados à Selic ainda são atrativos.
No dia 01 o Governo lançou um aplicativo oficial para facilitar as operações no Tesouro Direto. Primeiramente, usuários do Android poderão baixar e se cadastrar pelos seus celulares, com disponibilidade de realizar todas as transações (aplicações, resgates, agendamentos e consulta de extrato). Agora é possível também realizar cadastro para receber informações por meio de SMS.
O horário das negociações também sofreu alteração. Agora resgates e aplicações poderão ser feitos nos dias úteis das 9:30 às 18:00. O aplicativo está disponível neste link. Os títulos disponíveis no momento estão na figura abaixo: