sábado, 17 de dezembro de 2016

Sobrevivência das empresas no Brasil

O Sebrae e a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgam a cada dois anos um estudo sobre a sobrevivência das empresas no Brasil. Este é considerado o principal termômetro de desempenho dos pequenos negócios no país. O estudo é atualizado desde 2011, chegando neste ano no terceiro relatório, com o objetivo de identificar a taxa de sobrevivência e mortalidade das empresas com até 2 anos de atividade. A novidade deste ano é que além dos dados disponibilizados pela Secretaria da Receita Federal (SRF), também foram pesquisadas, em paralela, 2.006 empresas.
Com base nas empresas constituídas em 2012, a taxa de sobrevivência das empresas com até dois anos de atividade foi de 76,6%, maior taxa de sobrevivência já calculada desde 2008. A taxa de mortalidade caiu para 23,4%. Os gráficos estão mostrados abaixo.


Segundo o estudo, este cenário positivo se deu em função da evolução do PIB, evolução da taxa de juros, evolução do rendimento médio real dos trabalhadores, evolução do salário mínimo, evolução da taxa de desemprego. Houve também a implantação da lei geral das micro e pequenas empresas, criação da figura do Micro Empreendedor Individual, e a implantação e ampliação do simples nacional.
O resultado por porte da empresa é mostrado na figura abaixo, categorizando Micro Empreendedor Individual (MEI), Microempresas (ME), Empresas de Pequeno Porte (EPP), Médias Empresas (MdE), Grandes Empresas. Pelo gráfico, é possível ver que as EPP, MdE e GdE possuem perfis muito próximos de taxa de sobrevivência, acima de 95%. Já as ME possuem uma taxa muito baixa, de apenas 55%, enquanto os MEIs possuem 87%. Esses resultados mostram que as empresas maiores já possuem uma estrutura mais organizada e de maior capital. A preocupação maior fica para as micro empresas.



A implantação do MEI teve um impacto muito positivo na sobrevivência das empresas, por conta da redução da burocracia e menores custos. 
O Sebrae realizou uma pesquisa com empresas com o propósito de identificar os fatores que determinam a sobrevivência e a mortalidade das empresas. Os fatores contribuintes foram situação antes da abertura (tipo de ocupação do empresário, experiência no ramo, motivação para abrir o negócio), planejamento do negócio, gestão do negócio e capacitação dos donos em gestão empresarial.


Com base nos principais motivos levantados acima, ter um planejamento estratégico, focando no planejamento financeiro é fundamental para a sobrevivência das empresas.

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