quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Investir de forma segura e com pouco dinheiro. É possível?

Nesses últimos anos, ao entrar em sites como Exame, Infomoney e blogs de finanças aumentou-se muito as falas sobre o Tesouro Direto. Paralelamente passou-se a falar muito mal da caderneta de poupança. Mas por que será?

A caderneta de poupança encerrou o ano de 2015 com saque líquido de quase R$ 54 bilhões, o maior registrado desde 1995, ano que o Banco Central iniciou a série histórica.    Segundo Marcos Silvestre, autor do livro “Tesouro Direto – A Nova Poupança”, podemos dizer que dois fatores explicam esse movimento de saques: o aumento do desemprego e o achatamento da renda do trabalhador, com o desgaste do poder aquisitivo gerado pela inflação acelerada. Porém nem todos que saíram da poupança se enquadram nestes dois casos. Muito investidores, ao perceberem que a poupança, que pagou no ano passado um acumulado de apenas 8,09%, contra uma inflação de 10,67%, não quiseram mais ver seu dinheiro desvalorizar, e passaram a buscar outra alternativa. Ai é que entra o famoso Tesouro Direto.

Estes títulos públicos, negociados em uma plataforma online, teve em dezembro de 2015 mais de 600 mil cadastros, atingindo seu maior número de investidores desde janeiro de 2002, quando foi iniciada a série histórica. Para explicar tal sucesso, podemos destacar os seguintes fatores:

 - Rentabilidade: ao contrário da poupança, o Tesouro bateu a inflação em 2015.
- Acessibilidade: é possível comprar títulos do Tesouro a partir de R$ 30, valor mínimo totalmente acessível.
- Segurança: é a única aplicação 100% garantida pelo Tesouro Nacional, chegando a ser mais segura até que a poupança
- Praticidade: A compra e venda dos títulos é feita pela web

Vários bancos oferecem plataformas para compra de títulos do Tesouro. Isso também é possível ser feito por meio do próprio portal do Tesouro (http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto), porém, a melhor alternativa é através das Corretoras. Estas, além de boa parte oferecer isenção de taxas de administração de títulos públicos, têm equipes de suporte, vídeo aulas. O vídeo abaixo mostra como é simples comprar estes títulos.


               
 O tempo de investimento para títulos do Tesouro Direto é um fator importante. Não só pelo rendimento, mas também pela incidência do imposto de renda, que é retido na fonte. Para aplicações no prazo de até 6 meses, o IR é de 22,5% sobre os ganhos brutos. De 6 meses a um ano é de 20%, entre um e dois anos é de 17,5% e acima de dois anos cai para 15%.

Além do imposto de renda, há ainda a incidência de uma taxa de custódia da BM&FBOVESPA, fixada em 0,30% sobre o valor aplicado, e a taxa da corretora, que varia de 0% a 2%.

Os títulos do Tesouro Direto são feitos exclusivamente para pessoas físicas, focando nos pequenos investidores. Os ativos financeiros que se pode comprar ou vender por meio do Tesouro Direto são títulos da Dívida Pública Federal do Brasil. Estes são papéis de elevada segurança, pois nossa dívida pública é relativamente pequena, bem distribuída, alongada e pouco exposta às flutuações nas finanças globais. Os títulos disponíveis são:

 - Prefixados: no momento da compra o investidor já fica sabendo qual será a rentabilidade bruta  que irá ganhar
- Indexados a taxa Selic: o investidor terá a rentabilidade bruta em termos do que der a taxa Selic acumulada no período entre a compra e a data de vencimento
- Indexados ao IPCA: parte da rentabilidade é totalmente prefixada e a outra parte pagará o que der a inflação do IPCA acumulada entre a data da compra e a data do vencimento do título

     A escolha do título deve ser feita com o que o investidor deseja, devendo considerar:

- Métrica da rentabilização: títulos préfixados x pósfixados x híbridos
- Prazos de maturação: variam de 25 a 34 anos
- Sonhos que casam melhor: meta de médio, longo ou longuíssimo prazo
      - Valor do título: a partir de R$ 30

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