Nesses
últimos anos, ao entrar em sites como Exame, Infomoney e blogs de finanças
aumentou-se muito as falas sobre o Tesouro Direto. Paralelamente passou-se a
falar muito mal da caderneta de poupança. Mas por que será?
A
caderneta de poupança encerrou o ano de 2015 com saque líquido de quase R$ 54
bilhões, o maior registrado desde 1995, ano que o Banco Central iniciou a série
histórica. Segundo Marcos Silvestre,
autor do livro “Tesouro Direto – A Nova Poupança”, podemos dizer que dois
fatores explicam esse movimento de saques: o aumento do desemprego e o
achatamento da renda do trabalhador, com o desgaste do poder aquisitivo gerado
pela inflação acelerada. Porém nem todos que saíram da poupança se enquadram
nestes dois casos. Muito investidores, ao perceberem que a poupança, que pagou
no ano passado um acumulado de apenas 8,09%, contra uma inflação de 10,67%, não
quiseram mais ver seu dinheiro desvalorizar, e passaram a buscar outra
alternativa. Ai é que entra o famoso Tesouro Direto.
Estes
títulos públicos, negociados em uma plataforma online, teve em dezembro de 2015
mais de 600 mil cadastros, atingindo seu maior número de investidores desde
janeiro de 2002, quando foi iniciada a série histórica. Para explicar tal
sucesso, podemos destacar os seguintes fatores:
- Rentabilidade: ao contrário da poupança, o Tesouro bateu a inflação em 2015.
- Acessibilidade: é possível comprar títulos do Tesouro a partir de R$ 30, valor mínimo totalmente acessível.
- Segurança: é a única aplicação 100% garantida pelo Tesouro Nacional, chegando a ser mais segura até que a poupança
- Praticidade: A compra e venda dos títulos é feita pela web
Vários bancos
oferecem plataformas para compra de títulos do Tesouro. Isso também é possível
ser feito por meio do próprio portal do Tesouro (http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto),
porém, a melhor alternativa é através das Corretoras. Estas, além de boa parte
oferecer isenção de taxas de administração de títulos públicos, têm equipes de
suporte, vídeo aulas. O vídeo abaixo mostra como é simples comprar estes
títulos.
O
tempo de investimento para títulos do Tesouro Direto é um fator importante. Não
só pelo rendimento, mas também pela incidência do imposto de renda, que é
retido na fonte. Para aplicações no prazo de até 6 meses, o IR é de 22,5% sobre
os ganhos brutos. De 6 meses a um ano é de 20%, entre um e dois anos é de 17,5%
e acima de dois anos cai para 15%.
Além
do imposto de renda, há ainda a incidência de uma taxa de custódia da
BM&FBOVESPA, fixada em 0,30% sobre o valor aplicado, e a taxa da corretora,
que varia de 0% a 2%.
Os
títulos do Tesouro Direto são feitos exclusivamente para pessoas físicas,
focando nos pequenos investidores. Os ativos financeiros que se pode comprar ou
vender por meio do Tesouro Direto são títulos da Dívida Pública Federal do
Brasil. Estes são papéis de elevada segurança, pois nossa dívida pública é
relativamente pequena, bem distribuída, alongada e pouco exposta às flutuações
nas finanças globais. Os títulos disponíveis são:
- Prefixados: no momento da compra o investidor já fica sabendo qual será a rentabilidade bruta que irá ganhar
- Indexados a taxa Selic: o investidor terá a rentabilidade bruta em termos do que der a taxa Selic acumulada no período entre a compra e a data de vencimento
- Indexados ao IPCA: parte da rentabilidade é totalmente prefixada e a outra parte pagará o que der a inflação do IPCA acumulada entre a data da compra e a data do vencimento do título
A escolha do título deve ser feita com o que o investidor deseja, devendo considerar:
- Métrica da rentabilização: títulos préfixados x pósfixados x híbridos
- Prazos de maturação: variam de 25 a 34 anos
- Sonhos que casam melhor: meta de médio, longo ou longuíssimo prazo
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