Boa parte do nosso orçamento acaba indo para a categoria Alimentação. Porém, trata-se de uma das atividades essenciais da nossa vida, sem nos alimentarmos não sobrevivemos. Muita gente, por conta do serviço, acaba tendo que almoçar fora de casa durante a semana, o que pode gerar um custo elevado. Porém, também é possível fazer algumas economias nessa categoria.
A Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador, a ASSET, em conjunto com o instituto de pesquisas Datafolha divulgou a pesquisa do Preço Médio da Refeição. O objetivo desta é levantar o preço médio por refeição (prato + bebida + sobremesa + café) pago pelo trabalhador no almoço, de segunda-feira à sexta-feira, em estabelecimentos que aceitam voucher refeição em sistemas comercial, autosserviço, executivo e à la carte.
A pesquisa foi feita com 4.574 entrevistados e foram obtidos 5.545 preços, em 51 municípios distribuídos pelas 5 regiões brasileiras, em novembro de 2016. O preço médio da refeição foi feito através da soma da média geral dos preços de prato (unidade ou 500g), média geral dos preços de bebida (refrigerante lata, garrafa de água ou suco de 300mL), média geral dos preços de sobremesa (unidade ou 200g) e média geral dos preços de café (expresso).
Em relação ao tipo de serviço utilizado, tem-se: 58% em Autosserviço (self-service), 34% em Comercial, 6% em À la carte e 2% em Executivo.
O gráfico abaixo mostra que o preço médio da refeição completa vêm aumentando ano a ano em todos os sistemas:
A tabela abaixo mostra o preço médio por sistema de refeição para cada região. As regiões com preços mais caros, inclusive sobre a média nacional, são Sul e Sudeste.
O resultado final da pesquisa, do preço médio de uma refeição completa no Brasil em 2017 é de R$ 32,94. Considerando um trabalhador que não recebe voucher refeição e ganha até 1 salário mínimo, o valor gasto com refeição chega a 82% do salário. Conforme o salário aumenta essa proporção diminui. Porém, ainda assim, um trabalhador que ganha até 5 salários mínimos tem sua renda comprometida em 17% com sua alimentação nos horários de trabalho.
Portanto, é de fundamental importância ter um controle sobre os gastos com alimentação. Também deve-se verificar, com o Sindicato ao qual está inserido, se há obrigações da empresa ter de fornecer benefícios de alimentação.
Existem alguns aplicativos que comparam preço e qualidade dos restaurantes. Além do Google e do Facebook, que já mostram a avaliação dos usuários, o Foursquare e o TripAdvisor, que são muito usados para viagens, dão uma noção de preço do restaurante, de acordo com uma escala ($ = mais barato e $$$$ = mais caro). Há filtros que permitem procurar os restaurantes por proximidade, preço, avaliação, ofertas disponíveis, etc.
Muitas vezes, para quem tem essa possibilidade, levar comida de casa ou comprar marmitex acabam gerando uma boa economia.
Além disso, algumas medidas em casa também podem reduzir gastos desnecessários. Congelar alimentos, organizar os suprimentos por data de validade, não comprar sem necessidade (fazer lista de compras), reaproveitamento, verificar preços em diferentes lugares (supermercados, feiras, açougues, atacados), procurar cupons são possíveis hábitos para melhorar as finanças.
A reportagem abaixo, do G1, sobre compras em atacados foi feita em 2015, quando estávamos no ápice da crise. Porém o hábito continua valendo.
Em relação aos cupons de desconto, o Cuponeria, site de cupons para diversos tipos de produtos e serviços, tem uma categoria exclusiva para supermercados. Vale a pena sempre dar uma olhada na hora de ir fazer as compras. O Cuponeria também tem uma série de cupons de descontos para restaurantes.
Olhar sites de compras coletivas, como o Peixe Urbano e o Groupon também pode acabar proporcionando descontos interessantes.
Mais uma vez, nossa dica fica em não sair comprando por impulso, planejar-se financeiramente e sempre comparar e buscar possibilidades de descontos.
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