quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Desemprego: empresas e trabalhadores devem se planejar

De acordo com levantamento do Sebrae, as micro e pequenas empresas voltaram a ter um saldo negativo na geração de empregos no mês de Outubro. Depois de dois meses consecutivos com o número de admissões superando o número de demissões (criação de 12,7 mil vagas), foram encerradas 15,4 mil vagas nos pequenos negócios. 
Porém, a crise não afeta somente os pequenos negócios. Este número de vagas encerradas nos pequenos negócios é quase quatro vezes menor que o número das empresa de médio e grande porte. No comparativo anual, as PMEs encerraram 46,5 mil vagas, número 15 vezes menor que as empresas maiores.
O país caminha para a retomada de sua economia, porém, desde sempre, é necessário que os pequenos negócios façam o maior esforço possível relacionado a sua administração. Elaboração de planejamentos estratégico e financeiro, controle de caixa, busca de aumento de capital constante, com renegociação de dívidas são fundamentais para que impactos de uma crise sejam os menores possíveis.
Cabe ao trabalhador, como pessoal física, também tomar medidas de segurança, caso venha a sofrer com perda de emprego, como planejamento financeiro, redução de gastos não tão urgentes e acúmulo de capital em investimentos rentáveis, por exemplo.
O gráfico abaixo, da Análise do CAGED de Setembro de 2016, do Sebrae, mostra a evolução da geração de empregos comparando as micro e pequenas empresas com as médias e grandes. O maior pico foi Dezembro de 2015. Apesar de Outubro ir na contramão da criação de vagas que setembro e agosto tiveram, o cenário vem apresentando melhora.


terça-feira, 29 de novembro de 2016

Chapecoense: um case de sucesso

O Brasil e o futebol mundial acordou hoje com uma triste notícia. A Associação Chapecoense de Futebol, clube brasileiro sediado em Chapecó, Santa Catarina, fundado em 10 de maio de 1973 teve a queda do avião que transportava parte de seus atletas, comissão técnica e dirigentes para a disputa da final da Copa Sul-Americana 2016, primeira final internacional da equipe.



A associação foi criada para restaurar o futebol na região de Chapecó, que em 1970 possuía apenas clubes amadores. 
O clube passou a ter destaque no cenário nacional nos últimos anos, quando em 2013 o clube conquistou o tão almejado acesso à séria A do Campeonato Brasileiro. Não bastando o acesso, trata-se de uma conquista expressiva, pois seis anos antes a Chape, apelido da equipe, disputava a série D. No cenário estadual a equipe esteve presente em cinco das dez últimas finas do Campeonato Catarinense, que consta outros times que disputam ou disputaram recentemente a série A do Campeonato Brasileiro, como Figueirense, Avaí, Criciúma e Joinville. A Chapecoense possui 5 títulos do Campeonato Catarinense, 2 Taças Santa Catarina e 1 Copa Santa Catarina. Este ano disputava pela segunda vez a Copa Sul-Americana e pela terceira vez a série A do Campeonato Brasileiro, estando em 9º lugar na penúltima rodada. No ranking da CBF o clube ocupa a 24ª posição nacional e o 4º lugar estadual. No ranking mundial de clubes da IFFHS o clube ocupa a 160ª colocação.
Um clube que não tinha quase nenhum destaque no futebol nacional passou a ter grandes conquistas, mesmo frente ao monopólio de grandes clubes e concentrações estaduais. Porém, no futebol, nem sempre o time mais rico é o vencedor. No ranking de valor dos elencos da série A do Campeonato Brasileiro de 2016, a Chapecoense ocupa apenas o 17º lugar, com elenco estimado em R$ 88,52 milhões, de acordo com a Transfermarkt. Ou seja, se fosse por valor, seria um dos clubes rebaixados. Porém, o clube está a frente de várias equipes bem mais valiosas e chegou à final de um torneio continental. 



Não bastando isso, o clube ainda é um exemplo na gestão financeira, quando comparado aos clubes grandes ou até times do mesmo porte, conforme tabela abaixo, que compara a variação de 2014 para 2015.
A dívida fiscal do clube é uma das menores da série A e a comparação entre os superávits e déficits mostra um elevado crescimento, num cenário em que várias equipes vivem o oposto disso.
Em relação à torcida, o clube também vem obtendo um notável crescimento. É um dos clubes mais recentes dentre os principais de Santa Catarina, e está na cidade onde a população é uma das menores, conforme tabela abaixo. Porém, os números de seguidores nas mídias digitais vem tendo grande destaque com os recentes sucessos do time, assim como a venda de camisas, que segundo o site Estádio Vip, a Chapecoense já é o 25º time brasileiro com maior venda de camisas. 


No início deste ano, a Chape e a prefeitura fizeram investimentos no seu estádio, a Arena Chapecó. Foram feitas obras nos vestiários, criada a nova academia do clube, novo corredor para equipes visitantes, revitalização de banheiros.



Os investimentos são mais que merecidos, visto o apoio que a torcida dá ao time. Até a penúltima rodada do Brasileirão 2016, a Chape ocupa a 8ª colocação de ocupação de estádio estando a frente de equipes com torcida muito superior, conforme dados do Globo Esporte:


Porém, antes de todo esse crescimento, a Chape passou por uma grande crise. Em 2001 a equipe vinha tendo maus resultados. Em 2003 a equipe estava com dívidas irresgatáveis, mudando a natureza jurídica. O novo clube livrou-se das dívidas. Em 2005, uma nova direção formada por empresários da cidade reergueram o clube, tomando várias medidas para uma boa administração.

O Brasil e o futebol mundial estão de luto. #forçaChape

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Dica: Gestão de Contratos

Um dos grandes gargalos das empresas é o processo de contratos. De acordo com o portal Jusbrasil, um contrato é um vínculo jurídico entre dois ou mais sujeitos de direito correspondido pela vontade, da responsabilidade do ato firmado, resguardado pela segurança jurídica em seu equilíbrio social, ou seja, é um negócio jurídico bilateral ou plurilateral, destinado a estabelecer uma regulamentação de interesses entre as partes, com o escopo de adquirir, modificar ou extinguir relações jurídicas de natureza patrimonial.
No caso de empresas, estes são muito comuns de serem firmados com os fornecedores, prestações de serviços, etc. As empresas precisam se enquadrar e firmar os termos de acordo em comum, para que o contrato seja assinado e passe a ter validade. Porém, muitas vezes esse processo não é tão simples, em alguns casos, os contratos são rodados por vários departamentos, vão e voltam das empresas, precisam ser refeitos, revisados. O que ocorre é que um grande intervalo de tempo é necessário, além de diversos custos com fretes.
A Clicksign é uma plataforma de assinatura eletrônica de documentos. São reduzidos custos diretos e indiretos, além do aumento na segurança e compliance do workflw de documentos. Segundo levantamentos, com a Clicksign as empresas podem poupar, em média, mais de 95% do tempo gasto na assinatura. 



A assinatura pode ser feita a qualquer hora e local, sendo necessário apenas o uso da internet. Tudo é 100% digital e está em conformidade com a legislação, de acordo com a Medida Provisória 2.200/2001. 
São oferecidos múltiplos pontos de autenticação do signatário, tais como endereço de IP, e-mail, nome e CPF. A integridade do documento é assegurada por tranca eletrônica. E por fim, todas as informações relevantes ao processo de assinatura são registradas em um Log.


É possível testar o serviço por 14 dias. A assinatura do serviço varia em função do número de documentos por mês.

Black Friday - Softwares de Gestão Financeira

Não são apenas as lojas e as corretoras de investimentos que oferecerão descontos para a Black Friday deste ano. Os softwares de Gestão Financeira para empresas também entraram no clima.
O ContaAzul está oferecendo 50% de desconto para novas assinaturas.


quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Movimento Empresa Júnior

Conforme artigo anterior, pesquisas recentes mostram que o movimento empreendedor ainda tem muito a ser desenvolvido pelas universidades.
Porém, desde 197, um movimento que teve origem na França se iniciou através de um grupo estudantes que decidiram se juntar para formar uma associação com o objetivo de oferecer às empresas pesquisas de mercado e outros serviços a preços acessíveis. O sucesso transformou essa associação na primeira Empresa Júnior (EJ) do mundo.
Empresas Juniores são associações civis, sem fins lucrativos, constituídas e geridas exclusivamente por alunos de graduação de instituições de ensino superior, que prestam serviços e desenvolvem projetos para empresas, entidades e comunidades, nas suas áreas de atuação, sob a orientação de professores e profissionais especializados.
O processo de internacionalização destas associações ocorreu em 1986, quando já existiam mais de 100 EJs na França. Com a difusão pela Europa, surgia um novo movimento, o Movimento Empresa Junior (MEJ). Em 1990 foi fundada a Confederação Européia de Empresas Juniores (JADE). Em 1997 a Europa já contabilizava mais de 300 EJs.



No Brasil, o conceito de empresas júnior foi introduzido em 1987, por iniciativa da Câmara de Comércio França-Brasil, com um edital convocando jovens interessados em criar EJs por aqui. As primeiras empresas juniores surgiram em 1988. Em 1990, 7 EJs do Estado de São Paulo se uniram para formação da Federação das Empresas Juniores do Estado de São Paulo, a FEJESP. O Movimento no Brasil veio com o intuito de estimular o empreendedorismo, aproximar os alunos do mercado de trabalho e contemplar ensinos da sala de aula com sua aplicação prática.


A Brasil Júnior é a Confederação Brasileira de Empresas Juniores, que tem a missão de representar o MEJ e potencializá-lo como agente de formação de empreendedores capazes de transformar o Brasil. O levantamento da Brasil Júnior mostra o seguinte cenário:



Os números da Brasil Júnior são levantados com base nas EJs federadas, porém ainda existem muitas outras que não são federadas. Estudos mostram que hoje já existem aproximadamente 1,2 mil empresas juniores, totalizando um total de quase 30 mil universitários.
Segundo o Censo e Identidade da Confederação Brasileira de Empresas Juniores, o setor faturou cerca de R$ 10 milhões em 2015, quase o dobro de 2014. E o Brasil já é o país com o maior número de EJs.
As EJs são organizações juridicamente autônomas, aptas a prestar consultoria apoio técnico, realizar estudos e desenvolver projetos. O capital reunido com a execução dos serviços é usada para investimento nos membros da empresa, através de eventos e treinamentos, por exemplo, e na manutenção da própria empresa. 
A legislação brasileira passou a ser a primeira do mundo a disciplinas o funcionamento de empresas juniores, através de lei 13.267 de 2016, de autoria do senador José Agripino. Com essa lei, as EJs ganham direitos de isenções tributárias e garantias de espaço físico dentro das universidades.
Particularmente, fiz parte da Motriz, empresa júnior do curso de graduação em Engenharia Mecânica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A EJ foi fundada em 1992, visando otimizar a produtividade e contribuir nas resoluções de problemas ligados à Engenharia Mecânica. 





terça-feira, 15 de novembro de 2016

Salário Mínimo, Preços e Inflação

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o salário mínimo do brasileiro, que hoje é de R$ 880,00, deveria ser de R$ 4.016,27. Este valor é calculado como sendo o necessário para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
O cálculo começou a ser feito em Julho de 1994, quando o salário mínimo era de R$ 70,00, mas deveria ser de R$ 590,33. O resultado de Outubro de 2016 é o maior desde que o cálculo começou a ser feito.
Para o cálculo, usa-se como referência a cesta básica mais cara, que hoje é a de Porto Alegre.
O reajuste do salário mínimo, hoje, por lei, é feito pela soma da variação da variação da inflação para população de baixa renda (INPC) no ano anterior, acrescido a taxa de crescimento real do PIB dois anos antes. 
Porém, aumentando-se o salário dos empregados nesta proporção causariam um grande impacto na empresa e no seu produto ou serviço final. Os impactos de se realizar um reajuste desse, pensando num todo, seria de aumento dos preços e demissões. Ou seja, não é tão simples quanto parece.
O vídeo abaixo mostra a visão do economista Carlos Eduardo Gonçalves, do canal Por quê? Economês em bom português sobre o salário mínimo a R$ 3.000:



O gráfico abaixo mostra a média anual dos salário mínimo nominal e do salário mínimo necessário, de acordo com o cálculo da DIEESE.


Percentualmente falando, a proporção que o salário mínimo nominal representa do salário mínimo necessário teve um aumento progressivo e nos últimos anos vem se mantendo constante:



A tabela abaixo mostra um comparativo entre os preços de 1994 e de 2016:



O gráfico abaixo mostra a evolução do preço da carne bovina, de julho de 1994 até julho de 2014, de acordo com o IEA:


O Canal do Otário fez um comparativo do que era possível comprar em 1994 e em 2015 com R$100:



Ou seja, o índice de inflação, IPCA, variou 127% nesse período, porém a maioria dos produtos chegou a ter variação acima dos 500%. O salário mínimo aumentou 1358%, porém, se descontada a inflação, este valor cai para 449%, valor abaixo de várias variações de preços dos produtos.

Em entrevista ao Estadão, especialistas dizem que para se proteger da alta dos preços no longo prazo é recomendável investimentos como o Tesouro Direto, já que este tem alguns de seus títulos atrelados à inflação. 


Fontes de preços:

Sites de compras online
http://achadoseconomicos.blogosfera.uol.com.br/2014/08/15/ha-20-anos-arroz-custava-r-064-e-show-do-chitaozinho-r-15-relembre/



Empreendedorismo nas Universidades Brasileiras

A Endeavor e o Sebrae realizaram a quarta edição de uma pesquisa para verificar como anda o empreendedorismo nas universidades brasileiras em 2016. Foram consultados 2230 alunos e 680 professores pertencentes a mais de 70 instituições de ensino superior de todo o país. O objetivo do estudo é direcionar as estratégias das universidades e das lideranças que trabalham com empreendedorismo no Brasil.
A Universidade deve ser um ambiente que potencialize e inspire o empreendedorismo, o sonho grande e a inovação no aluno, para gerar desenvolvimento econômico e social na comunidade. Porém os números ainda não são animadores. Em relação aos professores, 65% estão satisfeitos com as iniciativas de empreendedorismo dentro do ambiente acadêmico, porém, entre os alunos, esse número cai para 36%. A pesquisa mostrou que as faculdades têm disciplinas que motivas os aluno a darem os primeiros passos, porém, pecam no oferecimento de disciplinas que instruem os próximos passos. Falta toda uma estrutura que dê apoio a jornada completa do empreendedor.
Outro ponto a ser trabalhado é a aproximação da universidade com o mercado, fato que não acontece na maioria das universidades.
Hoje, 6% dos universitários brasileiros são empreendedores e 21% pretendem empreender no futuro. Dos que empreendem, a maioria trabalha sozinha (microempreendedores). Ou seja, acaba sendo um baixo impacto na geração de empregos. 


Apesar da maioria dos estudantes não desejarem empreender, grande parte deles já teve contato com o empreendedorismo, seja trabalhando em pequenos negócios (60%) ou tendo alguém próximo que já abriu um negócio (50%). 
Os que não querem empreender têm como primeira opção a vontade de trabalhar no setor público (43%) ou em uma grande empresa (27%). As principais causas estão relacionadas à renda. Sobre as justificativas para não querer empreender, tem-se:


Além de ambições tímidas e empregabilidade de poucas pessoas, a inovação também não está na cabeça do aluno. Empreendimentos universitários se concentram em setores tradicionais da economia, sendo na maior parte do comércio varejista e prestação de serviços. Cerca de 70% dos produtos ou serviços criados pelos universitários empreendedores já existem no mercado nacional e 17% já existem no mercado regional. Os números não são muito diferentes para quem ainda vai abrir o negócio (63% e 12%).
Além disso, a prioridade do negócio próprio muitas vezes não é exclusiva. Quase metade dos empreendedores entrevistados além de estudar e empreender, ainda trabalha em outro lugar. A universidade também não se mostra o centro para encontrar sócios, já que são pouco os atuais universitários que empreendem em companhia de algum conhecido (6,1%).
A pesquisa fez um levantamento dos principais desafios para os universitários, com 10 categorias diferentes. As categorias que se mostraram maior desafiadoras foram Acesso a crédito e investimentos (22%), Gestão de Pessoas (18%), Gestão Financeira (17%) e Inovação (17%). 
O empreendedor universitário reconhece a importância que programas da universidade poderiam ter em seus negócios. 54,3% destes acreditam que programas de serviço e suporte, incubadoras e acesso a investidores sejam essenciais para o preparo. 54,4% das faculdades oferecem o conteúdo de inspiração para empreender. Porém todos os outros temas não chegam a 10% cada.
Em cerca de 50% dos cursos de engenharias e ciências sociais aplicadas há disciplina de empreendedorismo. Porém as outras áreas têm essa oferta em torno de apenas 30% das universidades. É importante que disciplinas deste assunto sejam permitidas e oferecidas para alunos de diferentes cursos, porém isso ocorre em apenas 35,5% das instituições. Empreender é uma prática multidisciplinar, e futuros sócios têm chances de se conhecerem nesse meio.
O oferecimento de iniciativas também precisa melhorar. Foram levantadas 29 possíveis iniciativas, porém, apesar de 30,6% das universidades oferecerem cinco ou mais, em média, 10% das universidades têm apenas uma iniciativa. Entre os professores, 43,7% afirmam que há professores envolvidos em pesquisa de empreendedorismo em sua instituição. 
Em relação às vagas de emprego e estágio, as pequenas e médias empresas se destacam, porém startups ainda têm um número baixo:


Em relação aos professores, cerca de 30% se auto avaliaram como lideranças e contribuintes ativos na promoção de empreendedorismo na sua universidade, proporção razoável. Cerca de 70% dos promotores do empreendedorismo não possuem um negócio em funcionamento atualmente. Além disso, os professores com menos tempo de casa estão mais a par do mercado. 40% com menos de 10 anos de experiência têm um negócio em funcionamento, contra 29% dos professores com mais de 10 anos de experiência. Assim como os alunos, a maior parte dos negócios de professores não é inovador (apenas 6,1%). Um terço dos promotores de empreendedorismo na universidade deixaram de empreender ou ainda não empreendem por conta da dedicação exclusiva á universidade.


O universitário empreendedor não costuma conversar com profissionais da universidade. Apenas um terço realiza tal prática. Os agentes de universidade estão em último lugar considerando pontos de apoio da universidade quanto fora dela.
Os fatores que despertaram o interesse empreendedor nos alunos não são tão ligados à universidade. 72% concordam que a maior inspiração veio de família, amigos, internet e livros, contra 57% para as faculdades. Os índices de satisfação entre professores e alunos são bem divergentes:


Ou seja, a partir de todos esses números, percebe-se que as universidades ainda precisam tomar medidas para aproximar-se mais dos alunos, no quesito empreendedorismo. Iniciativas, estudo do que o aluno realmente quer e precisa devem ser adaptados para aumentar o potencial de perfis empreendedores.

A pesquisa completa pode ser vista neste link.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Semana Global do Empreendedorismo

A Semana Global do Empreendedorismo (SGE) foi lançada na Inglaterra em 2007, pelo ex-primeiro ministro Gordon Brown e pelo então presidente da Kauffman Foudation, Carl Schramm, com o objetivo de disseminar e fortalecer a cultura empreendedora.
A ideia é que ao longo do mês de novembro, em especial na terceira semana, pessoas de mais de 150 países sejam inspiradas por atividades locais, nacionais e globais, explorando o potencial empreendedor. 
Em 2016, a SGE ocorrerá de 14 a 20 de Novembro. Os objetivos principais desta edição são:

 - MOBILIZE pela realização das atividades: Brasil já foi reconhecido como o maior realizador de atividades durante a semana. Através da mobilização de todos, é possível manter este legado.

- INCENTIVE a temática destas atividades: O mote da SGE deste ano é "Conexões que transformam cidades". Empreendedores são capazes de crescer diante de todos os cenários, mas sozinhos não conseguem ir tão longe. Com a mobilização de um ecossistema que estimule, acelere, encoraje e fomente o seu crescimento. A SGE é uma ótima oportunidade para isso.

- IDENTIFIQUE as boas práticas e a percepção do empreendedor sobre a sua cidade

No Brasil, é possível consultar toda a programação, por região e categoria, através do site da Rede Global de Empreendedorismo.



A GFC - Gestão Financeira Criativa participará da SGE 2016 não só apoiando o movimento, como também através do lançamento de um Ebook sobre Gestão Financeira para Empreendedorismo. Se inscreva neste link para receber o ebook em primeira mão, que será lançado durante a SGE.




quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Trump e o Dólar

O mercado financeiro ficou agitado com a eleição de Donald Trump como novo presidente dos Estados Unidos. Nesta quarta-feira (10) o dólar teve uma forte alta, impactando desde já as casas de câmbio. O gráfico abaixo, do portal Uol, mostra a alta da moeda norte americana desde o começo dessa semana e no dia de hoje. Hoje ocorreu a maior alta dos últimos oito anos, de 4,73%.



O comparador de preço de moedas para compra e venda, Melhorcambio, já mostra que a compra do dólar está a partir de R$3,58 nas casas de câmbio, conforme figura abaixo.


Em entrevista à Exame, o diretor da corretora NGO Sidnei Nehme diz que a tendência é que o dólar continue a se valorizar até o final do ano. A previsão é do dólar atingir R$3,60. O especialista sugere que quem tem viagem para o exterior no curto prazo compre a moeda agora. Já para viagens mais distantes, a sugestão é ir comprando aos poucos. Até que Donald Trump anuncie sua equipe e seu programa de governo, a economia ficará sob um ar misterioso. 

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Dica: Black Friday - II

O Zoom, comparador de preços online. criou mais uma forma de ajudar os consumidores na Black Friday. Trata-se do Zoom Garante. Trata-se de uma garantia para os casos em que a loja não entregue o produto comprado. Nesse caso, o Zoom resolve o problema diretamente com a empresa ou devolve dinheiro ao consumidor (até R$ 5 mil). A ferramenta é grátis, basta fazer cadastro neste link.


Para utilizar o Zoom Garante na hora da compra, o consumidor deve comprar através do Zoom, com login efetivado. Ai no caso de problemas na entrega basta abrir uma reclamação. O site tem parceria cm Americanas, Extra, Magazine Luiza e mais 300 lojas.

Lojistas

Porém, não são só os consumidores que devem estar atentos à Black Friday. As empresas precisam preparar suas estratégias, definindo previamente a política dos preços e descontos, estruturando seu sistema para uma carga maior de acessos. A segurança também deve ser um fator de atenção. O site Computerworld sugere que uma boa tática é restringir o tempo de acesso ao site de compras e bloquear emails com links e anexos em promoções (o email ainda é a grande porta de ataques virtuais).
Os hackers se aproveitam para criar falsos links, comprometer máquinas, roubar dados do sistema da empresa, dos usuários. 
Em relação à estratégias de venda, é importante que os descontos, mesmo que agressivos, não cheguem ao ponto de causar prejuízo. Uma boa prática é usar a data para liquidar produtos que estão encalhados. Potencializar os mais vendidos também é uma boa estratégia. Além da definição dos preços, os lojistas devem se planejar em relação à entrega dos produtos nos prazos combinados. Há dependências de terceiros, como por exemplo os Correios e transportadoras. Assim, aumentar um pouco o prazo limite acaba sendo uma segurança maior. O terceiro ponto é o de divulgação. Anúncios em buscadores, redes sociais, blogs são essenciais, desde cedo. 
Os Correios estão preparando um pano especial para a data. Estão sendo contratados empregados temporários, realização de investimentos em linhas extras de transporte, além do reforço dos recursos de gerenciamento de riscos de carga. Os prazos terão um acréscimo de dois dias úteis.

Compras Internacionais

Como a Black Friday é um fenômeno internacional, também é possível fazer compras do exterior. Lojas como Amazon, Ebay e Aliexpress também apresentam suas promoções. Porém, nesses casos é muito importante lembrar que os preços estão em moeda estrangeira e os fretes são mais caros e mais demorados, portanto é importante prestar atenção nesses detalhes. A Tecmundo fez uma página com dicas para quem for comprar na chinesa Aliexpress.

Consumo Consciente

A ideia dos lojistas é fazer seu público ficar atraído pelas ofertas e consumir o máximo possível. Porém o consumidor deve ter plena consciência nessa "tentação". Comprar produtos que não atendam a necessidade ou que sejam mais caros podem acabar virando problemas. Uma ferramenta interessante para escolher modelo de eletrônicos, como Notebook, TV e Smartphone é o Shoptutor, com seu assistente de compras. A partir de algumas respostas rápidas, o assiste analisa os modelos e as melhores ofertas para indicar ao usuário.
Para compra de eletrônicos, a Tecmundo também fez uma página especial com atualizações ao vivo sobre os principais produtos e promoções. Vale lembrar também que na segunda-feira posterior á Black Friday (28) ocorrerá a Cyber Monday, uma segunda chance de promoções, nos produtos de tecnologia. Em 2015 a Cyber Monday teve um resultado de vendas de R$ 294 milhões (crescimento de 56% em relação a 2014), com 679 mil pedidos e ticket médio de R$ 433.

Inflação - Outubro

O IBGE divulgou os resultados da inflação referentes ao mês de outubro. Os resultados foram de aumento do índice comparados ao mês de setembro. Foi um aumento de 0,26%. Os segmentos que tiveram as maiores altas foram o de habitação (0,42%), vestuário (0,45%), transportes (0,75%) e saúde e cuidados pessoais (0,43%). As quedas ocorreram nos artigos de residências (0,13%) e alimentação e bebidas (0,05%). O resultado geral pode ser visto neste link.
A variação acumulada do ano do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) já é de 5,78%. Nos últimos 12 meses o valor acumulado é de 7,87%, primeira vez abaixo de 8% desde o começo de 2015. O número ainda está bem abaixo da meta do governo, de 4,5%, com tolerância entre 6,5% e 2,5%. O gráfico abaixo mostra o comparativo do IPCA acumulado no ano para 2015 e 2016 (até outubro).


Apesar da alta em outubro, o resultado é o menor para o mês desde 2000. No ano passado a alta foi de 0,82%.
O alto valor da inflação ainda torna investimentos do Tesouro Direto atrativos, com destaque aos atrelados ao IPCA. Estes estão listados abaixo, tirados do site do Tesouro:



A eleição nos EUA e seu impacto no Brasil

Ontem (09) ocorreram as eleições presidenciais nos Estados Unidos. Donald Trump foi eleito, causando um verdadeiro alvoroço por todo o mundo. O candidato do partido Republicano já é milionário desde suas origens, filho de um empreendedor imobiliário, Trump seguiu os passos do pai. A Forbes estima que sua fortuna seja de US$ 3,7 bilhões.
Em sua campanha presidencial, foi considerado por ter opiniões xenofóbicas, racistas e antissemitas. Diversas celebridades norte-americanas declararam abertamente apoio à concorrente, Hilary Clynton, e disseram mudar-se para o Canadá em casa de vitória Republicana. 
Em relação à propostas econômicas, o candidato eleito prometeu abaixar os impostos para todos, pleno emprego a trabalhadores de média ou baixa qualificação, medida vinculada à expulsão dos 11 milhões de imigrantes ilegais. Trump também pretende se afastar da China e do México para aproximar-se da Rússia.
A vitória de Trump já começou com reflexos negativos no mercado financeiro mundial. A bolsa de Tóquio fechou o dia com uma queda de 5,36%. A Bovespa já caiu 2% e o dólar reduziu a alta que estava tendo. Os ativos de risco estão todos caindo, com destaque para o peso mexicano, que chegou a cair 10% frente ao dólar. A figura abaixo, do portal G1, mostra a queda das bolsas asiáticas.



Uma pesquisa feita pela Intralinks, com especialistas do mundo todo, estima que a eleição de Trump deve ter um impacto negativo sobre o mercado global na casa dos US$ 4,3 trilhões. 
No Brasil, diante do cenário de alta volatilidade do mercado, o sistema do Tesouro Direto abriu com atraso. A tendência é que haja um forte movimento de fuga de risco, diante do cenário de incertezas. Grandes instituições bancárias estrangeiras acreditam que o dólar possa chegar na faixa dos R$3,40-R$3,50 nas próximas semanas. O gráfico abaixo mostra a forte queda que o Ibovespa teve hoje em sua abertura.



André Albo, assessor na Alta Vista Investimentos, em entrevista à Infomoney, disse que no Brasil o que deve acontecer é uma valorização do dólar, abertura nas taxas de juros e prêmios de risco. Com isso, os títulos prefixados de curto prazo devem ter um incremento nos prêmios.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Crédito para pequenos negócios

De acordo com pesquisas do Sebrae, a falta de crédito é uma das principais barreiras para o crescimento das empresas. Sem crédito, a empresa não consegue fazer investimentos, pagar suas contas e manter seu capital de giro, freando seu crescimento. Ainda mais no atual cenário econômico, com alta taxa da inflação, que acaba reduzindo todo a cadeia econômica.
Uma das alternativas é o financiamento. Porém, no Brasil as pequenas empresas têm dificuldade para adquiri-los, por serem caros e difíceis de se conseguir.
É muito importante que antes de aceitar qualquer financiamento o empresário faça toda uma pesquisa, levantando o que está disponível no mercado e a conta de quanto terá que pagar. A taxa média de juros para pequenas e médias empresas está entre 30% e 40% ao ano, segundo Michael Viriato, coordenador do laboratório de finanças do Insper, em entrevista à Valor Econômico. É fundamental também que o empresário tenha sua gestão financeira organizada e estruturada, para que eo financiamento não acabe aumentando a bola de neve.
Os tipos de crédito disponíveis são:

- Agência de Desenvolvimento: são organizações que visam fomentar o desenvolvimento local, de forma sustentável. Oferecem taxa de juros mais atrativa e costumam solicitar um plano de negócios estruturado para concorrer. Exemplos: Desenvolve SP, BNDES (vários estados e municípios que oferecem programas)



- Cooperativas de Crédito: são instituições financeiras formadas pela associação de pessoas para prestar serviços financeiros exclusivamente aos seus associados, sem fins lucrativos. As taxas de juros costumam ser menores do que as praticadas pelos bancos comerciais. São autorizadas e supervisionadas pelo Banco Central. A lista de instituições está disponível neste link.

- Empréstimos Bancários: são oferecidos pelos bancos públicos e privados, normalmente com as maiores taxas, mas com maior volume de oferta. 

Empresas de inovação podem buscar algumas linhas específicas, como o BNDES, CNPq, o Finep e a Fapesp.

O Sebrae oferece um meio facilitador de crédito para os pequenos negócios. Por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), o Sebrae pode ser avalista complementar de financiamentos. Com o Fampe as dificuldades de atender os pré-requisitos adotados por instituições financeiras são reduzidas, disponibilizando garantias complementares. Desde o seu início, O Fampe já avalizou mais de 275 mil pequenos negócios, que captaram cerca de R$ 12 bilhões em crédito bancário, sendo R$ 8,69 bilhões o montante de garantias do fundo. 

O cartão BNDES também é uma boa alternativa para o empresário. Trata-se de um cartão de crédito que visa financiar os investimentos das micro, pequenas e médias empresas e dos micro empreendedores individuais. Este possui convênio com os principais bancos do Brasil, não exige a aplicação de tarifa e possui taxas de juros mais atrativas.

Já o empresário que estiver disposto a vender parte do seu negócio pode escolher a participação acionária. Existem os sócios-investidores, investidores anjos, fundos de investimento. Em 2011 a FGV realizou um Censo que mostrou que em 2010 foram investidos US$ 3,1 bilhões em empresas brasileiras, sendo que quase metade foi para empresas em estágio inicial de desenvolvimento. 

Os investidores anjos costumam buscar empresas bem iniciantes, e costumam investir em média, de R$ 50 mil a R$ 500 mil. Os investidores de seed capital injetam em média de R$ 500 mil até R$ 2 milhões, em empresas mais consolidadas e com produtos definidos. Já os fundos de venture capital investem até R$ 10 milhões. A lista de fundos está disponível neste link. Para estes três casos o empresário deve saber quanto sua empresa vale, ter um bom plano de negócios, deve procurar um bom advogado e ficar sempre atento.

Empresas embrionárias podem procurar programas de incubação e de aceleração, além de investimentos coletivos.

O investimento coletivo (equity crowndfunding) foi criado para empreendedores apresentarem suas propostas e dados financeiros de suas respectivas empresas em plataformas virtuais, buscando uma porcentagem de investimento de até 10% de potenciais investidores. Estes, por sua vez, ganham títulos de dívida conversíveis em ações da empresa. Seguem algumas plataformas:

- Eusocio: https://www.eusocio.com.br/
- Broota: https://www.broota.com.br/
- Fundacity: plataforma internacional, com mais de 67 mil usuários, 40 mil startups, 1.500 grupos de investimentos e 173 países
- Eqseed: https://eqseed.com/br

As opções são inúmeras, porém é preciso fazer uma boa pesquisa e verificar qual o real preço a ser pago, e, se haverá condições de fazer tal pagamento. Da mesma forma que o crédito é um alavancador do negócio, ele também é um dos maiores responsáveis pelo fechamento de empresas, de acordo com o Sebrae.

Pedidos de Falência 2016

Na última quinta-feira (03), a Boa Vista SCPC lançou os dados de uma pesquisa que mostram que o número de de empresas que pediram falência entre janeiro e outubro de 2016 cresceu 13,7% em relação a 2015. Nos últimos 12 meses a alta foi de 14,3%. 
A Boa Vista SCPC realiza dois indicadores, o de falências e o de recuperações judiciais. Eles são constituídos com base na apuração mensal dos dados de falência decretadas na base de dados da Boa Vista, oriundas de fóruns, varas de falência e Diários Oficiais e da Justiça dos Estados. 


A pesquisa mostra uma desaceleração do aumento dos pedidos de falência em relação ao mês anterior, quando comparada com 2015, porém a situação ainda é crítica.
Já em relação à recuperação judicial, o número de empresas que solicitaram esta nos dez primeiros meses de 2016 subiu 66,5% em relação ao mesmo período de 2015.
O Brasil vêm passando por uma crise econômica, com inflação elevada, o que acaba impactando diretamente os preços e o consumo dos produtos e serviços, o que faz as empresas precisarem cortar seus gastos. Porém apenas isso não basta, é fundamental que seja feito todo um planejamento e que a gestão financeira esteja trabalhando junto com o Planejamento Estratégico da empresa.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Black Friday também no setor financeiro?

A Black Friday não estará presente apenas no comércio. Várias das Corretoras de Investimento já estão anunciando que também terão as suas ofertas na "Sexta Feira Negra".

A Easynvest está anunciando as seguintes "ofertas", não só para a Black Friday, mas para todo o mês de Novembro:

- Rentabilidade maior para alguns bancos, para Renda Fixa
- Valor mínimo de aplicação super baixo para algumas aplicações
- Redução da corretagem para Futuros em mais da metade



A distribuidora de investimentos Órama irá oferecer opções de investimento com maior rentabilidade a partir do dia 19. Já existem alguns dos títulos listados:




Na XP Investimentos serão oferecidas aplicações de renda fixa com rentabilidade de até 131% do CDI.
A Rico trará ofertas surpresas durante todo o mês de novembro.
Bancos e casas de câmbio também farão algumas ofertas. Assim como para o comércio, cabe ao consumidor ficar atento e fiscalizar as promoções, para que não acabe sendo enganado.

Canal da GFC - Gestão Financeira Criativa no Youtube

Perspectivas de mercado

Na última sexta-feira (04) saiu o relatório de mercado Focus. As novas expectativas já vem a taxa de inflação em 2017 caindo para 4,94%, ficando mais próxima da taxa e 4,5% do Banco Central. A meta da taxa Selic também sofreu uma queda, com nova expectativa de 10,75% para o final de 2017. A taxa de câmbio, esperada para R$3,20 hoje, em 2017 tem previsão de R$3,39. A previsão do PIB é de um aumento de 1,2%.



 A inflação de outubro será divulgada na próxima quarta-feira (09), pelo IBGE. A expectativa é que registre elevação de 0,30%. Já considerando apenas as expectativas de Novembro, a previsão é que a inflação tenha um aumento de 0,42%.
O relatório completo está disponível neste link.
Com esses dados, os títulos do Tesouro Direto continuam sendo uma boa opção para que deseja ter um investimento seguro e com uma boa rentabilidade. A tabela abaixo, da  corretora Rico todos os títulos disponíveis, com suas respectivas rentabilidades e valor para aplicação (observe que com cerc de R$30 já é possível realizar a compra de alguns títulos.


A Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentou em seu Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC - C1) uma variação de 0,18% para Outubro acima de Setembro. Ou seja, houve uma inflação acelerada. Todas as classes de despesas componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. 
O IPC mede a variação de preços em um conjunto fixo de bens e serviços componentes das despesas habituais de famílias com nível de renda situado entre 1 e 33 salários mínimos mensais. Ele avalia o poder de compra do brasileiro. As oito classes de despesas são: Alimentação, Habitação, Vestuário, Saúde e Cuidados Pessoais, Educação, Leitura e Recreação, Transportes, Despesas diversas e comunicação. As pesquisas são feitas diariamente nas sete principais capitais do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília. São divulgadas sete versões, sendo que o IPC-C1 é o que mede produtos e serviços para famílias com renda entre 1 e 2,5 salários mínimos mensais. Este e outros indicadores da FGV podem ser encontrados no portal FGV IBRE
No portal também são encontrados alguns indicadores de nível de emprego. Os últimos resultados mostram que o nível de desemprego continua elevado e não mostra evidências de reversão de tendência. 
Ou seja, nesse cenário de inflação elevada, produtos mais caros e altos índices de desemprego, é recomendado o consumo consciente, o ato de poupar dinheiro e investi-lo.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Dicas e dados sobre a Black Friday

A Black Friday surgiu nos Estados Unidos para nomear a ação de vendas anual que acontece na sexta-feira após o feriado de Ação de Graças (comemorado na 4ª quinta-feira do mês de Novembro). Trata-se da data que mais agita o varejo norte-americano. É considerada a abertura da temporada do Natal, e, pelos descontos, muita gente já aproveita a data para compra dos presentes de final de ano.
Diante do sucesso que a data faz nos EUA, o Brasil começou a realizar a sua Black Friday em 2010, quando foi totalmente online. De lá para cá, o movimento só cresceu.  Nesse ano a BF será no dia 25 de Novembro.
Segundo o Google, a Black Friday no Brasil já tem a adesão de 64% dos consumidores online.
A Ebit mede a reputação de várias lojas virtuais por meio de pesquisas com consumidores reais, gerando dados estratégicos e táticas para o mercado online. Todo um acompanhamento e estudo e feito sobre a Black Friday. Em 2013, os estudos da Ebit mostraram que a "Sexta-feira Negra" movimentou R$ 770 milhões, quebrando todos os recordes de faturamento em um único dia até então. Em 2014 o faturamento foi de R$ 1,16 bilhão. Já no ano passado, a Black Friday atingiu o maior faturamento desde seu início, com faturamento de R$ 1,6 bilhão. O infográfico abaixo, da Ebit, mostra como foi a data:


As projeções da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) para 2016 envolvem um faturamento de R$ 2,14 bilhões.
Porém, com base em todo o destaque midiático e a repercussão que a data têm, muitos varejistas se aproveitam disso. Anúncio de falsos descontos, a elevação dos preços dias antes para abaixar na data, anunciando super descontos tornaram-se atividades muito comuns. Por isso o consumidor deve ficar atento.
O site Reclame Aqui faz toda uma campanha e ações em defesa do consumidor. Em 2015 foram registradas 4.400 reclamações na Black Friday. Os principais motivos de reclamação foram propaganda enganosa (36,2%), problemas para finalizar a compra (9,1%) e divergência de valores (7,1%). A categoria com mais reclamações foi a de Informática, seguida por celulares e eletrônicos. Segue o ranking do Reclame Aqui com as empresa mais reclamadas na última edição:



Por isso, para maior segurança e compartilhar os dados com os demais consumidores, é importante denunciar as irregularidades.
Conforme descrito, um dos problemas frequentes é na hora de finalizar pedido. Por conta do número elevado de acessos, os sites costumam enfrentar instabilidades e sair do ar. Por isso, uma dica importante é fazer cadastro nestes alguns dias antes, pulando uma etapa do processo. A lista dos sites participantes oficiais fica disponível em http://www.blackfriday.com.br/ . Recomenda-se sempre olhar a reputação destes. O Procon tem a lista de sites NÃO recomendados. Outra medida importante, para ir direto ao que precisa e evitar um pouco o consumismo compulsivo é fazer uma lista de desejos antes do evento e, levantar quais eram os preços, para comparação. Sites de comparação de preço, como o Buscapé são recomendados. O site criou uma página especial para a Black Friday, onde é possível consultor o histórico de preço do produto desejado, alerta de menores valores, proteção de compra, entre outras medidas. Verificar o orçamento disponível para não gastar mais do que tem também é fundamental.
Segundo o Buscapé, as categorias que mais interessaram os consumidores em 2015 foram: moda (9,1% dos pedidos), eletrodoméstico (17,2%), telefonia (16,6%), informática (9%) e eletrônicos (9,2%). O gráfico abaixo, comparado entre os anos de 2010 e 2015, mostra os números emitidos pelo Buscapé.



O comparador de preços Zoom levantou o ranking das categorias de produtos que tiveram a maior média de descontos no ano passado: desumidificador de ar (70% de desconto), adaptador e roteador para Voip (66%), jogos Nintendo DS (63%), bateria para telefone sem fio (61%). Também segundo o Zoom, as ofertas mais agressivas acontecem logo no início da ação, perto a meia-noite. 

O que fazer com o 13º salário?

O mês de novembro já se iniciou. Já é a época que os shoppings começam a fazer suas decorações natalinas, os supermercados já começam a oferecer panetones, árvores de natal e os produtos típicos de final de ano. Estes indicadores mostram que o 13º está chegando.
O décimo terceiro salário foi instituído pela lei 4.090, em 13 de julho de 1962. Trata-se de uma garantia que o trabalhador ganhe o corresponde a 1/12 da remuneração por mês trabalhado, o que representa um salário extra ao ano de trabalho. Tem direito ao 13º todo trabalhador doméstico, rural, urbano ou avulso com carteira assinada, já tendo o direito de receber a partir de 15 dias de serviço. Aposentados e pensionistas do INSS também recebem a gratificação.
Para calcular o 13º, deve-se dividir o salário integral por doze e multiplicá-lo pelo número de meses trabalhados. Deve-se considerar também as horas extras, adicionais noturnos e de insalubridade e comissões adicionais. Para meses em que o trabalhador tem mais de 15 faltas não justificadas, perde-se o direito de receber a parcela do 13º neste mês. É possível calcular o 13º por meio de calculadoras online também, como esta.
O pagamento deve ser feito em duas parcelas, uma entre 1 de fevereiro até 30 de novembro, e a segunda a partir do dia 20 de dezembro.
O 13º é um bônus a mais que o trabalhador recebe, porém, deve-se planejar muito bem como este valor será utilizado. O primeiro passo é levantar como está a situação inicial: existem dívidas e empréstimos a serem pagos? Caso a resposta seja sim, a prioridade inicial do 13º deve ser o pagamento destas. Caso as contas estejam em dia, antes de sair comprando os presentes de natal e planejando as viagens de férias, é importante ressaltar que o próximo ano já começa com uma série de novas contas a pagar: impostos, material escolar...por isso, colocar tudo no papel e planejar-se é fundamental.
Para aqueles que já se planejaram, calcularam quanto de recurso vai para cada coisa, e ainda assim, tiveram um dinheiro sobrando, a melhor saída é investir esse dinheiro. Aplicar o que sobrar em títulos do Tesouro Direto, CDBs, LCIs e LCAs e Fundos de Investimentos são alternativas que estão num bom momento e farão o dinheiro trabalhar por si só.
Portanto, apesar de ser uma época em que ganha-se mais, é importante ressaltar que em breve os gastos aumentarão também, logo planejar é fundamental!