quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Movimento Empresa Júnior

Conforme artigo anterior, pesquisas recentes mostram que o movimento empreendedor ainda tem muito a ser desenvolvido pelas universidades.
Porém, desde 197, um movimento que teve origem na França se iniciou através de um grupo estudantes que decidiram se juntar para formar uma associação com o objetivo de oferecer às empresas pesquisas de mercado e outros serviços a preços acessíveis. O sucesso transformou essa associação na primeira Empresa Júnior (EJ) do mundo.
Empresas Juniores são associações civis, sem fins lucrativos, constituídas e geridas exclusivamente por alunos de graduação de instituições de ensino superior, que prestam serviços e desenvolvem projetos para empresas, entidades e comunidades, nas suas áreas de atuação, sob a orientação de professores e profissionais especializados.
O processo de internacionalização destas associações ocorreu em 1986, quando já existiam mais de 100 EJs na França. Com a difusão pela Europa, surgia um novo movimento, o Movimento Empresa Junior (MEJ). Em 1990 foi fundada a Confederação Européia de Empresas Juniores (JADE). Em 1997 a Europa já contabilizava mais de 300 EJs.



No Brasil, o conceito de empresas júnior foi introduzido em 1987, por iniciativa da Câmara de Comércio França-Brasil, com um edital convocando jovens interessados em criar EJs por aqui. As primeiras empresas juniores surgiram em 1988. Em 1990, 7 EJs do Estado de São Paulo se uniram para formação da Federação das Empresas Juniores do Estado de São Paulo, a FEJESP. O Movimento no Brasil veio com o intuito de estimular o empreendedorismo, aproximar os alunos do mercado de trabalho e contemplar ensinos da sala de aula com sua aplicação prática.


A Brasil Júnior é a Confederação Brasileira de Empresas Juniores, que tem a missão de representar o MEJ e potencializá-lo como agente de formação de empreendedores capazes de transformar o Brasil. O levantamento da Brasil Júnior mostra o seguinte cenário:



Os números da Brasil Júnior são levantados com base nas EJs federadas, porém ainda existem muitas outras que não são federadas. Estudos mostram que hoje já existem aproximadamente 1,2 mil empresas juniores, totalizando um total de quase 30 mil universitários.
Segundo o Censo e Identidade da Confederação Brasileira de Empresas Juniores, o setor faturou cerca de R$ 10 milhões em 2015, quase o dobro de 2014. E o Brasil já é o país com o maior número de EJs.
As EJs são organizações juridicamente autônomas, aptas a prestar consultoria apoio técnico, realizar estudos e desenvolver projetos. O capital reunido com a execução dos serviços é usada para investimento nos membros da empresa, através de eventos e treinamentos, por exemplo, e na manutenção da própria empresa. 
A legislação brasileira passou a ser a primeira do mundo a disciplinas o funcionamento de empresas juniores, através de lei 13.267 de 2016, de autoria do senador José Agripino. Com essa lei, as EJs ganham direitos de isenções tributárias e garantias de espaço físico dentro das universidades.
Particularmente, fiz parte da Motriz, empresa júnior do curso de graduação em Engenharia Mecânica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A EJ foi fundada em 1992, visando otimizar a produtividade e contribuir nas resoluções de problemas ligados à Engenharia Mecânica. 





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