quarta-feira, 9 de novembro de 2016

A eleição nos EUA e seu impacto no Brasil

Ontem (09) ocorreram as eleições presidenciais nos Estados Unidos. Donald Trump foi eleito, causando um verdadeiro alvoroço por todo o mundo. O candidato do partido Republicano já é milionário desde suas origens, filho de um empreendedor imobiliário, Trump seguiu os passos do pai. A Forbes estima que sua fortuna seja de US$ 3,7 bilhões.
Em sua campanha presidencial, foi considerado por ter opiniões xenofóbicas, racistas e antissemitas. Diversas celebridades norte-americanas declararam abertamente apoio à concorrente, Hilary Clynton, e disseram mudar-se para o Canadá em casa de vitória Republicana. 
Em relação à propostas econômicas, o candidato eleito prometeu abaixar os impostos para todos, pleno emprego a trabalhadores de média ou baixa qualificação, medida vinculada à expulsão dos 11 milhões de imigrantes ilegais. Trump também pretende se afastar da China e do México para aproximar-se da Rússia.
A vitória de Trump já começou com reflexos negativos no mercado financeiro mundial. A bolsa de Tóquio fechou o dia com uma queda de 5,36%. A Bovespa já caiu 2% e o dólar reduziu a alta que estava tendo. Os ativos de risco estão todos caindo, com destaque para o peso mexicano, que chegou a cair 10% frente ao dólar. A figura abaixo, do portal G1, mostra a queda das bolsas asiáticas.



Uma pesquisa feita pela Intralinks, com especialistas do mundo todo, estima que a eleição de Trump deve ter um impacto negativo sobre o mercado global na casa dos US$ 4,3 trilhões. 
No Brasil, diante do cenário de alta volatilidade do mercado, o sistema do Tesouro Direto abriu com atraso. A tendência é que haja um forte movimento de fuga de risco, diante do cenário de incertezas. Grandes instituições bancárias estrangeiras acreditam que o dólar possa chegar na faixa dos R$3,40-R$3,50 nas próximas semanas. O gráfico abaixo mostra a forte queda que o Ibovespa teve hoje em sua abertura.



André Albo, assessor na Alta Vista Investimentos, em entrevista à Infomoney, disse que no Brasil o que deve acontecer é uma valorização do dólar, abertura nas taxas de juros e prêmios de risco. Com isso, os títulos prefixados de curto prazo devem ter um incremento nos prêmios.

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