Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o salário mínimo do brasileiro, que hoje é de R$ 880,00, deveria ser de R$ 4.016,27. Este valor é calculado como sendo o necessário para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
O cálculo começou a ser feito em Julho de 1994, quando o salário mínimo era de R$ 70,00, mas deveria ser de R$ 590,33. O resultado de Outubro de 2016 é o maior desde que o cálculo começou a ser feito.
Para o cálculo, usa-se como referência a cesta básica mais cara, que hoje é a de Porto Alegre.
O reajuste do salário mínimo, hoje, por lei, é feito pela soma da variação da variação da inflação para população de baixa renda (INPC) no ano anterior, acrescido a taxa de crescimento real do PIB dois anos antes.
Porém, aumentando-se o salário dos empregados nesta proporção causariam um grande impacto na empresa e no seu produto ou serviço final. Os impactos de se realizar um reajuste desse, pensando num todo, seria de aumento dos preços e demissões. Ou seja, não é tão simples quanto parece.
O vídeo abaixo mostra a visão do economista Carlos Eduardo Gonçalves, do canal Por quê? Economês em bom português sobre o salário mínimo a R$ 3.000:
O gráfico abaixo mostra a média anual dos salário mínimo nominal e do salário mínimo necessário, de acordo com o cálculo da DIEESE.
Percentualmente falando, a proporção que o salário mínimo nominal representa do salário mínimo necessário teve um aumento progressivo e nos últimos anos vem se mantendo constante:
A tabela abaixo mostra um comparativo entre os preços de 1994 e de 2016:
O gráfico abaixo mostra a evolução do preço da carne bovina, de julho de 1994 até julho de 2014, de acordo com o IEA:
O Canal do Otário fez um comparativo do que era possível comprar em 1994 e em 2015 com R$100:
Ou seja, o índice de inflação, IPCA, variou 127% nesse período, porém a maioria dos produtos chegou a ter variação acima dos 500%. O salário mínimo aumentou 1358%, porém, se descontada a inflação, este valor cai para 449%, valor abaixo de várias variações de preços dos produtos.
Em entrevista ao Estadão, especialistas dizem que para se proteger da alta dos preços no longo prazo é recomendável investimentos como o Tesouro Direto, já que este tem alguns de seus títulos atrelados à inflação.
Fontes de preços:
Sites de compras online
http://achadoseconomicos.blogosfera.uol.com.br/2014/08/15/ha-20-anos-arroz-custava-r-064-e-show-do-chitaozinho-r-15-relembre/
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