segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Educação Financeira

Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), educação financeira é o "processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com informação, formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessárias para se tornarem mais conscientes das oportunidades e riscos nelas envolvidos e, então, podem fazer escolhas bem informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras ações que melhorem o seu bem-estar. Assim, podem contribuir de modo mais consciente para a formação de indivíduos e sociedades responsáveis, comprometidos com o futuro."
A OCDE atua nos âmbitos internacional e intergovernamental e reúne os países mais industrializados do mundo e alguns países emergentes. Seus representantes efetuam o intercâmbio de informações e alinham políticas, como o objetivo de potencializar seu crescimento econômico e colaborar com o desenvolvimento de todos os países membros. A organização tem sede em Paris, foi fundada em 14 de dezembro de 1961, sucedendo a Organização para Cooperação Econômica Europeia, e possui hoje 34 membros. O Brasil não é um membro, porém é um parceiro-chave, podendo participar de Comitês da Organização e de inúmeras áreas de trabalho.
Por ser um país em desenvolvimento, a recente ascensão econômica de milhões de brasileiros aumentou o contato do cidadão com situações e operações financeiras que não eram tão comuns. Além disso, o aumento de possibilidades de consumo fez-se necessário promover a educação financeira para despertar a consciência da população. 
Dessa forma, o Brasil criou uma Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF), criada para promover ações de educação financeira gratuitas e sem qualquer interesse comercial, criada em 2010.
A medida é muito importante, contribuindo para o desenvolvimento não só na educação financeira de sua população, mas também contribuindo para desenvolvimento econômico e social. Uma pesquisa da SPC Brasil, realizada em janeiro de 2015 levantou que quatro em cada dez consumidores consideram-se desorganizados financeiramente, e sete em cada dez sentem dificuldades para realizar esta tarefa. 


O próprio SPC Brasil desenvolveu o Meu Bolso Feliz, portal de orientação financeira para os cidadãos, com uma linguagem simples e, ao mesmo tempo, consciente e didática. Diversos temas são abordados, ferramentas são apresentadas, em função de auxiliar as pessoas a cuidarem bem dos seus orçamento e investimentos.
Portanto, cabe agora ao cidadão escolher as melhores fontes para aumentar sua educação financeira, que deve ter um estudo contínuo, já que o mercado e a economia estão sempre num cenário dinâmico.



Investimentos: Debêntures

Debêntures são títulos emitidos apenas por sociedades anônimas não financeiras, de capital aberto ou capital fechado, com garantia de seu ativo e com ou sem garantia subsidiária da instituição financeira, que as lança no mercado para obter recursos de médio e longo prazo, destinados normalmente a financiamento de projetos de investimentos ou alongamentos do perfil passivo. São títulos de renda fixa com o risco centralizado na performance da empresa emissora.
Esse investimento garante ao comprador uma remuneração certa um prazo certo, não dando direito de participação nos bens ou lucros da empresa. Debêntures funcionam de uma forma parecida com as CDBs, mas neste caso, o dinheiro é emprestado às empresas emissoras do título. Trata-se de uma forma de financiamento através de empréstimo de longo prazo. 
Os compradores das debêntures são credores que esperam receber juros periódicos e reembolso específico do valor nominal na data de seu vencimento.
Os credores estão legalmente protegidos por intermédio da escritura de emissão (documento que consta todas as características da debênture, inclusive em quais projetos a companhia irá aplicar os recursos captados) e dos agentes fiduciários (terceira parte que atua a favor dos possuidores de debêntures, podendo esclarecer dúvidas, executar garantias e até pedir a falência da companhia). Há benefício fiscal (isenção de IR) sob determinadas regras e condições,  específicas para investimentos orientados para projetos de infraestrutura considerados prioritários pelo governo. As debêntures não têm a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), por isso é sempre importante consultar especialistas e tirar todas as dúvidas antes de comprar um título.
A debênture é uma alternativa às empresas, que ao invés de tomar empréstimos junto aos bancos (custos maiores), realiza a emissão destes títulos para captar recursos e aplicar em projetos. 
Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) de 2012, a distribuição dos recursos captados com e emissão de debêntures se dá da seguinte forma: refinanciamento de passivos (45,4%), aquisição e participação societária (19,3%), capital e giro (18,9%), implantação de projeto (8,6%), recompensa ou resgate de emissão anterior (4,8%), investimento em infraestrutura (2,1%) e investimento em imobilizado (0,9%).
A compra de debêntures pode ser feita por meio de Corretoras.
A tabela abaixo mostra as 5 debêntures mais rentáveis de 2015 comparadas com os índices aos quais estão atreladas, com índices mensais acumulados: EDP Energias Brasil S/A (IPCA + 8,26%), Cia Paulista de Securitização (CDI + 2,5%), Vale S/A (IPCA + 6,62%), MRS Logística S/A (IPCA + 6,42%) e EDP Energias do Brasil S.A (CDI + 1,74%).



Fonte: Cetip, Portal Brasil e Calculador

Vale ressaltar que, hoje, a poupança está abaixo da inflação (IPCA) e muitos bancos oferecem fundos com valores menores que 100% do CDI.


domingo, 30 de outubro de 2016

Lista de Livros

A GFC - Gestão Financeira criativa agora tem um perfil no SKOOB, a maior rede social para leitores do Brasil. A rede funciona como uma estante virtual, onde é possível colocar livros que já foram lidos e lista de desejos. É possível dar notas, postar resenhas e compartilhar opiniões com amigos e seguidores, fazer troca de livros, participar de sorteios, ganhar cortesias, entre outras funções. É uma boa maneira de se organizar as leituras, inclusive criando metas de leituras. Para fazer parte do SKOOB, basta fazer cadastro. É totalmente gratuito. O perfil da GFC no SKOOB criará sua lista de livros, com atribuição de notas e resenhas, sobre livro relacionados à Finanças, Empreendedorismo, Negócios, Administração e Gestão.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Comparador de Renda Fixa

As opções de investimento em renda fixa são muitas, desde uma caderneta de poupança até um fundo que investe somente nesta categoria de investimentos, CDBs, LCIs, LCAs, Títulos Públicos, Debêntures, Letras de Câmbio, entre outros. Atrelados a cada um desses investimentos, existem diferentes índices. As diferentes instituições, sejam elas os grandes bancos ou as corretoras, também oferecem diferentes tipos de investimentos. Neste cenário, como saber qual o melhor investimento?
O aplicativo Renda Fixa é um bom comparador para escolher e comparar os diversos investimentos. Em sua base de dados, ele apresenta os principais índices, como CDI, SELIC, IPCA e IGP-M. Ele está disponível na versão web e também na app e na play store.

Existem inúmeras calculadoras, categorizadas da seguinte maneira:

- Cidadão e milhão: financiamento, flexível, aplicação mensal
- Pré x Pós
- Taxas equivalentes
- Tesouro Direto
- Conversor de Taxas
- Renda Fixa: Essa calculadora compara diversos títulos de Renda Fixa e traz o resultado de cada título rankeado por rentabilidade. Para calcular, basta inserir os valores da rentabilidade cada títulos e os valores estimados os indexadores.

O aplicativo também lista todos os investimentos de renda fixa disponíveis no mercado, com informações gerais (valor mínimo, instituição, taxa), comparativo com a poupança, características (IR, vencimento, dias), valor líquido e rentabilidades.

Existem gráficos comparativos das dos índices, conforme a figura abaixo:


Por fim, o aplicativo oferece um chat e um fórum para seus usuários.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Empreendedorismo no Brasil

Se buscarmos o significado de empreendedorismo num dicionário, encontramos: “Empreendedorismo é a disposição para identificar problemas e oportunidades e investir recursos e competências na criação de um negócio, projeto ou movimento que seja capaz de alavancar mudanças e gerar um impacto positivo”. Assim, pode-se definir empreendedores como aqueles que questionam a realidade e fazem acontecer uma evolução todos os dias, através da resolução de problemas. 
Empreender muitas vezes está relacionado à realização de um sonho. Porém, para que o sonho se torne uma realidade, é preciso dedicação, tempo, energia e investimento. A atitude de empreender nada mais é do que um investimento. Conforme diz a economia, na área de mercado de investimentos, quanto maior for o retorno pretendido, maior será o risco assumido. Quando se investe em uma empresa, vários fatores podem resultar na perda de todo o capital. Assim, negócios são considerados investimentos com nível de risco mais elevado do que a maioria dos investimentos financeiros, conforme ilustra a Figura abaixo:
Empreender é justamente assumir riscos. Ao invés de evita-los, o empreendedor deve saber como administrá-los, como um bom planejamento e estudo de ferramentas e metodologias aplicáveis ao seu negócio.A Endeavor fez uma pesquisa com brasileiros sobre empreendedorismo, e obteve 76% das pessoas dizendo que desejariam ter o próprio negócio. Porém, pelos índices de mortalidade empresarial na ordem de 60% no Brasil, a impressão é que as ações dos empreendedores estão desordenadas ou dissociadas da realidade. A atitude positiva na geração de resultados deve ser característica na ação empreendedora, pois garante o envolvimento, a iniciativa e a inovação em todas as etapas de um negócio. Empreendedores com essas características criam objetivos de curto, médio e longo prazos. O resultado disso é uma futura redução dos índices de mortalidade.
O SEBRAE realiza um estudo que avalia o empreendedorismo no Brasil. Trata-se da pesquisa GEM. A pesquisa de 2015 mostra que o empreendedorismo continua crescendo no Brasil, e teve um aumento acentuado devido à crise econômica pela qual o país passa. De acordo com a Figura abaixo, retirada deste estudo, o número de empreendedores está numa crescente.



A crise econômica fez com que o Produto Interno Bruto (PIB) do país desacelerasse. Com isso, cortes de empregos aumentaram, e, num mercado em queda, uma solução que várias pessoas viram foi começar o próprio negócio. Ou seja, podemos dizer que o aumento do número de empreendedores nos últimos anos está diretamente relacionado ao fator crise, conforme podemos ver na Figura abaixo:



 Porém, o Brasil ainda engatinha no quesito educação financeira e empreendedora. Esta última teve seus primeiros conceitos abordados por volta de 2002 por aqui. Isto reflete num despreparo e falta de informações das pessoas que estão começando um novo negócio, e isso, se não planejado e contornado, pode refletir em problemas bem sérios.
            Segundo o relatório GEM 2015, apenas 14,1% dos empreendedores procuraram algum órgão público ou privado de apoio, como por exemplo o SEBRAE, que está disponível de forma gratuita em diversos canais de atendimento. Ou seja, boa parte dos empreendedores acabam criando seu negócio de forma instintiva, o que faz com que muitos deles nem cheguem a fase de formalização. A Tabela abaixo, do relatório GEM 2015, revela que os três principais motivos de um empreendedor não buscar um órgão de apoio são a falta de necessidade, a falta de interesse e a falta de conhecimento.



O estudo ainda apontou os principais obstáculos para a abertura e manutenção de novos negócios em alguns países. No Brasil, os principais fatores foram falta de apoio financeiro; políticas governamentais; educação e capacitação; custos do trabalho, acesso e regulamentação. Isso mostra que uma boa preparação, um planejamento, e principalmente, controle da parte financeira são vitais, já que o apoio não é tão grande. A tabela completa, do relatório GEM, encontra-se na Tabela abaixo.


O Relatório GEM completo encontra-se neste link.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Fundos Imobliários

Os Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs) são formados por grupo de investidores com recursos destinados à aplicação em ativos relacionados ao mercado imobiliário. O capital é administrado por uma instituição financeira específica, que tem a responsabilidade de constituir o fundo e realizar o processo de captação de recursos junto aos investidores, através da venda de cotas.
Os recursos captado são destinados a uma das seguintes finalidades: aquisição de imóveis rurais ou urbanos, construidos ou a se construir, para fins comerciais ou residenciais, além da aquisição de títulos e valores mobiliários ligados ao setor imobiliário, como por exemplo cotas de outros fundos, LCIs, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), ações de companhias de setor imobiliário.
A renda do fundo é obtida a partir de locações, venda ou arrendamento. Os rendimentos são distribuídos periodicamente aos cotistas. A cota não pode ser resgatada antes de um prazo de duração pré determinado. Pessoas físicas estão isentas de imposto de renda. A compra de cotas pode ser feita através de Home Brokers, oferecidos pelas corretoras. Comparando-se com à aquisição direta em imóveis, o investidor de FII não terá gastos com documentação (que normalmente fica em torno de 5% do valor do imóvel). Os contratos costumam ser corrigidos anualmente pela inflação.
Normalmente os fundos investem em grandes empreendimentos, o que faz com que o risco de perda total da rentabilidade seja minimizado.
O gráfico abaixo, retirado do Boletim do Mercado Imobiliário de Setembro de 2016, da BM&FBOVESPA, mostra que desde 2011 o Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) é superior com certa vantagem ao índice imobiliário e ao IBOVESPA.


Perspectivas para a inflação, câmbio e Selic em 2016, 2017 e 2018

O Banco Central divulgou ontem (25) a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). As projeções para a inflação estão abaixo da meta para os anos de 2017 e 2018. O projetado foi uma alta de 4,3% para o IPCA no ano que vem e 3,9% em 2018. O cenário de referência considerou o câmbio a R$3,20 e a manutenção da taxa Selic em 14,25%.
No cenário de mercado, as estimativas são de inflação de 4,9% em 2017 e 4,7% em 2018, ambas acima da meta de inflação (4,5%). Para 2016 a perspectiva é de ficar em torno de 7%. Já para o câmbio, as perspectivas são terminar esse ano em R$3,25, 2017 em R$3,40 e R$3,50 em 2018. Por fim, a Selic esperada é 13,5% no final de 2016, 11% em 2017 e 10% em 2018. A ata completa encontra-se neste link
Os valores da Selic e do IPCA ainda fazem com que investimentos de renda fixo com taxas atreladas a eles ainda sejam ótimas opções. 
Os Fundos de Investimento Imobiliários (FIIs) também apresentam-se como boa opção. Assim como aqueles citados no parágrafo anterior, o mercado de fundos imobiliários apresentou uma alta até o momento. De acordo com o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX), que é o indicador de desempenho médio das cotações dos Fundos Imobiliários negociados nos mercados de bolsa e de balcão, o ano de 2016, até o momento, teve alta de quase 30% em relação ao ano anterior, conforme tabela abaixo, disponível no site da Bovespa. Fato ocorreu por conta do desempenho do mercado de fundos imobiliários ser muito relacionado com a Selic. Como houve queda da Selic na última reunião do Copom, os FIIs subiram. A perspectiva para 2017 e 2018 é ainda melhor para esse fundos.


terça-feira, 25 de outubro de 2016

Previdência Privada

Instrumentos de investimento orientados à aposentadoria são as aplicações de longo prazo com o objetivo de complementação da aposentadoria do investidor. Elas têm o benefício da portabilidade, ou seja, pode-se transferir os valores acumulados para aposentadorias entre diferentes instituições, após cumprir-se o prazo de carência.
A previdência privada é a aposentadoria que não está ligada ao sistema do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Trata-se de um complemento, que é fiscalizado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). Nestes planos, é possível determinar-se o valor da contribuição e a periodicidade. O valor a ser recebido será proporcional.
É complicado depender apenas da Previdência Social, pois os números são alarmantes. Segundo estimativas do Governo, o déficit do INSS avançará de R$ 147 bilhões em 2016 para R$ 183 bilhões em 2017. Com isso, estuda-se a reforma na previdência, incluindo uma nova idade mínima para aposentadoria. De acordo com as regras vigentes, a fórmula 85-95 diz que a mulher pode ter aposentadoria integral quando a soma do tempo de contribuição e da idade fossem 85 e o homem 95. Em 2018 a fórmula passará para 86-96. A imagem abaixo, do G1, mostra a evolução do déficit da previdência social.


Neste link está guia completo sobre a previdência social elaborado pelo G1.
A Previdência Social tem seus recursos com origem no salário dos trabalhadores, um percentual sobre as empresas e dinheiro do governo. Ele vai para o Caixa da Seguridade Social, que capta recursos tanto para Previdência, Saúde e Assistência Social. Todos os contribuintes recebem, sendo 68% para aposentadoria, 25% para pensão por morte e 7% para outros benefícios.
Um dos modelos de previdência privada é modelo do Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL). Não há garantia mínima de rendimento, o que permite o cliente escolher o perfil do risco desejado. São oferecidas três modalidades distintas de investimento na forma de Fundos: Plano Soberano (aplicam os recursos apenas em títulos públicos federais), Plano Renda Fixa (aplicam os recursos em títulos públicos federais e outros títulos de renda fixa) e Plano Composto (aplicam os recursos em títulos públicos federais, outros títulos de renda fixa e até 49% em renda variável). O PGBL pode sofrer a incidência de uma taxa de administração para o gestor do fundo e uma taxa de carregamento na forma de percentual descontado sobre cada aplicação feita pelo investidor.
Os Planos de Seguro de Vida com Características de Previdência Complementar Aberta são alternativas resgatáveis do seguro de vida, semelhante ao PGBL, porém ajustado às necessidades dos contribuintes que fazem a declaração de ajuste anual do Imposto de Renda no formulário simplificado. O Plano de Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) é quase um clone do PGBL, podendo ser operado nas mesmas instituições autorizadas. As diferenças estão no tratamento fiscal e na possibilidade de a pessoa ter além de um plano de aposentadoria um seguro de vida.
Neste link, a XP Investimentos oferece a explicação sobre os planos de previdência privada.
Porém, o que muita gente não sabe, assim como para investimentos, é que as seguradoras e os grandes bancos não são as melhores opções para sua aposentadoria. De acordo com estudo da XP Investimentos com dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), nos últimos 5 anos, apenas 11,1% dos fundos de planos de previdência conseguiram superar o CDI. Além disso, nenhum dos dez maiores fundos de previdência do Brasil, todos geridos por seguradoras dos dez grandes bancos de varejo, conseguiram bater o CDI nos últimos 12, 24 ou 36 meses. A portabilidade da previdência é o instrumento que possibilite a migração para instituições com melhores ofertas. 

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Como começar a investir?

Muita gente tem dúvida sobre qual é o momento certo pra começar a investir. Investimentos ocorrem em função do tempo, então quanto antes se começar a investir, melhor. Para ter uma vida financeira saudável, num perfil conservador, deve-se adotar a seguinte estratégia: de toda a renda, investir 20% do valor total, como primeira ação, e usar, na sequência, os outros 80% para pagar as contas.
Em muitos casos é difícil fazer essa proporção, porém isto deve virar um hábito. Assim como um regime, que é difícil de começar e de se manter, os investimentos e controle de gastos têm similaridade, porém, pensando no longo prazo, o resultado acaba sendo recompensador. Planejar e estar sempre atento ao mercado é fundamental, pois assim como produtos e serviços, investimentos variam com o tempo, e, não é possível ter tudo num único investimento. É importante que antes de tomar qualquer atitude, você saiba o quanto de montante têm disponível, quais são os objetivos a curto e longo prazo e que haja uma diversificação nos investimentos, dessa maneira define-se o perfil do investidor. 
Outro ponto importante é onde investir. Muitas pessoas, por comodidade, preferem investir nos títulos oferecidos no banco onde têm conta corrente. Porém, o que nem todos sabem, é que o público principal dos bancos não são os investidores, mas sim os tomadores. O negócio principal dos bancos é oferecer crédito. Por isso apresentam opções com rendimento bem inferior a outros disponíveis no mercado.
Para o público investidor, existem as instituições auxiliares, formadas por distribuidoras e corretoras, formando os chamados "shopping de investimentos", que oferecem além de uma vasta gama de investimentos, rentabilidades bem maiores.
Algumas pessoas também dizem que só vão começar a investir quando tiverem dinheiro guardado. Porém, há opções, como por exemplo o Tesouro Direto, que oferece títulos comercializados a partir de R$30,00.
A infográfico abaixo, da Easynvest, mostra que deixando-se de tomar 3 chopps em um mês, e usando-se os mesmos R$30,00 num título de Tesouro Direto de 30 anos, esses mesmos R$30,00 virariam R$ 118.189,08! Ou seja, poupando e investindo um valor baixo todo mês, é possível transformar esse dinheiro num grande montante.


Tarifas Bancárias

É muito comum recebermos o extrato bancário e darmos de cara com uma série de cobranças as quais não sabemos do que se referem. Muitos bancos aproveitam-se dos seus clientes para inserirem uma série de cobranças, que separadas costumam ter um valor baixo, porém quando somadas no final do período, representam um valor considerável.
Eu mesmo já trabalhei em uma empresa que possuía uma conta bancária num dos bancos de varejo já fazia algum tempo, tanto é que o tipo de conta contratada nem existia mais. E todo mês vinha uma série de tarifas, que chegavam a somar R$ 1.000 em alguns meses. Na hora de avaliar opções de outras contas, até os atendentes se assustaram com o valor pago, e, se deixasse, o banco continuaria cobrando.
Por isso, o primeiro passo a fazer é verificar qual o seu tipo de conta. Verificar de existe cesta de serviços contratada. Lembrando que hoje é possível ter uma conta bancária sem cobrança alguma de tarifa, tanto as contas digitais quanto as contas de serviços essenciais
Aproveitando o status que o Tesouro Direto vem tendo, alguns bancos passaram a oferecer o título público. Sobre a rentabilidade bruta do investimento, são cobradas uma taxa da BM&FBovespa (0,3%). Algumas instituições ainda cobram uma taxa de custódia, que pode chegar a 0,5%, sendo que em algumas corretoras há a isenção dessa taxa.
Já quem investe em ações em opções também pode estar pagando uma taxa de custódia que não é cobrada em outras instituições. Alguns bancos chegam a cobrar R$30 por mês pelo serviço.
Já em relação à conta corrente, segundo o JPMorgan, o custo médio pela conta é de R$21,77 para pacote mensal, R$8,43 para TED e DOC, R$2,26 para extrato e R$2,01 para saque. A soma dessas taxas chega a representar 20% de todas as taxas cobradas pelos bancos brasileiros. Por isso a opção pela conta corrente gratuita deve ser considerada.
A anuidade do cartão de crédito também é outra cobrança que passou a ser "opcional". Novos cartões como o Nubank e o Digio oferecem o mesmo serviço isento dessas taxas. 
Outra cobrança que é feita nos grandes bancos é a taxa de administração em fundos. Segundo o JP&Morgan, os fundos nos grandes bancos chegam até 17,6% das tarifas cobradas. Não existem fundos de renda fixa sem taxa de administração, porém corretoras oferecem opções bem mais em conta.
No site da Febraban é possível consultar e comparar as tarifas cobradas pelos bancos.

domingo, 23 de outubro de 2016

Dica: Passagens Áereas

Pessoas que estão acostumadas a pegar voos sabem que em um intervalo de tempo muito curto o preço de uma passagem aérea pode ter uma grande variação. Por isso, é fundamental sempre estar atento aos preços e comprar as passagens com antecedência. O que poucos sabem é que as alterações nos valores ocorrem de minuto a minuto.
Fatores como dia da semana, horário do voo, número de escalas e risco de atraso podem ser responsáveis pelas variações nos preços. Através de softwares, as companhias aéreas fazem a combinação desses fatores e suas probabilidades para precificar seus voos. O principio de funcionamento é o mesmo da Bolsa de Valores: os preços variam de acordo com a oferta e demanda. Ou seja, voos com muita procura acabam tendo um valor elevado, enquanto os voos poucos procurados tendem a ficar mais baratos. As companhias aéreas ainda levam em conta um mínimo de 60% do voo ocupado para que ele seja confirmado, caso contrário acaba sendo cancelado.
De acordo com o jornal norte-americano Wall Street, os custos do voo são compostos por: combustível (29%), salários (20%), compra da aeronave (16%), taxas e impostos (14%), manutenção (11%), outros gastos (9%) e lucro (1%). O jornal fez uma pesquisa da variação do preço da passagem em função do dia. Nos 57 dias anteriores ao voo, o crescimento do preço de um voo doméstico, nos EUA, chega a ser de 133%, conforme imagem abaixo. A matéria completa encontra-se neste link.


Na última semana o Google lançou uma boa ferramenta para quem quer estar sempre de olho nas passagens mais baratas. Trata-se do Google Voos. Este avisa o momento certo de se realizar a compra. A tecnologia foi desenvolvida com base no histórico de voos e de projeções de elevação do preço.

Tesouro Direto e Poupança em Setembro

Na última sexta-feira (21), o Tesouro Nacional divulgou dados sobre o Tesouro Direto no mês de Setembro. A soma da emissão de títulos do Tesouro chegou em R$ 1,39 bilhões, com 43.698 novos investidores cadastrados, num aumento de 70,8% nos 12 últimos meses, num total de 973.894. Os resgates somaram R$ 514 milhões.
O aumento do número de investidores no Tesouro Direto é reflexo da baixa rentabilidade da poupança. Ao contrário dos investimentos de renda fixa que sobem junto com a Selic, o da poupança fica limitado. Além disso, a alta da inflação faz a caderneta de poupança perder atratividade,  já que esta encontra-se abaixo da inflação, enquanto títulos do Tesouro Direto têm rentabilidade acima da inflação.
O Banco Central divulgou que os saques da Poupança superaram os depósitos, de janeiro a setembro, em R$ 50,53 bilhões. Em setembro, a retirada líquida foi de R$ 2,35 bilhões. O rendimento da poupança foi de 6,17%.
Um dos destaques do Tesouro Direto foi o número de venda de títulos para pequenos investidores (venda de até R$5.000,00), que corresponderam a 72,1% das vendas de setembro.
Os títulos mais comprados foram os indexados ao IPCA, com 57,7%. Títulos prefixados corresponderam a 118,6% e títulos atrelados à Selic representaram 23,7%.
Lembrando que os títulos de Tesouro Direto têm cobrança de Imposto de Renda, retido na fonte. para aplicações de até 6 meses, a alíquota é de 22,5%. Entre 6 meses e um ano a alíquota passa para 20%. De um a dois anos cai para 17,5% e após dois anos, 15%.
Abaixo encontram-se os títulos do tesouro disponíveis, tirados da corretora Easynvest.


sábado, 22 de outubro de 2016

Dica: Como fazer Dinheiro com sites e blogs

Assim como na economia, nos produtos e no serviços, o marketing também é diretamente afetado pelo avanço da tecnologia. O avanço das campanhas em jornais e revistas, rádios e televisão, passaram a perder efetividade, enquanto as mídias sociais, como sites, blogs e redes sociais, passaram a ter um maior alcance. Segundo o Hubspot, nos tempos atuais, 86% das pessoas ignoram anúncios de TV, 44% dos emails sem direcionamento não chegam nem a ser abertos e 200 mil contatos telefônicos são considerados sem resposta.
O Marketing Digital tem a finalidade de proporcionar as atividades online de uma empresa, para atrair novos negócios, divulgar a marca, etc. 
Segundo o site Adweek, a tendência é que as empresas aumentem seus investimentos em no mínimo 11,7% dos seus orçamentos em analytics; o investimento em publicidade para dispositivos móveis, que é de 3,2%, aumentará para 9% até 2018; o Instagram deverá gerar US$ 5,8 bilhões em revendas em 2020, sendo que em 2015 a previsão era de US$ 700 milhões; 20% dos cliques do Google são para buscar varejistas; 
De acordo com pesquisa Future in Focus 2016, da comScore, a publicidade online movimentou mais de R$9,3 bilhões em 2015, com previsão de aumento de 12% para 2016. O IAB Brasil ainda mostra a vantagem que o marketing digital tem para as pequenas e médias empresas, com redução de custos, e a segmentação de público.
Uma boa fonte de renda para os blogs são os Programas de Afiliação. Estes são acordos ou contratos onde o dono do blog ou site coloca propagandas de algum anunciante. Existem diversos tipos de programas de afilação, alguns remunerando por comissão de vendas, outros por cliques. O site Agência Mestre listou o top 10 desses programas.
Um dos Programas de Afiliação usados pela GFC - Gestão Financeira Criativa é o Cursos 24 Horas. É uma plataforma, com diversos cursos online, das mais diversas áreas, que já qualificou mais de 1 milhão de alunos por todo o Brasil. As vantagens são a Certificação e a flexibilidade.






Lista de Cursos

O Programa de Afiliados remunera o site ou blog que está fazendo anúncio toda vez que alguém clicar no link ou propaganda e se matricular em algum curso. É paga uma comissão. Proprietários de páginas podem participar do Programa de Afiliação do Cursos 24 Horas através deste link.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Inflação - Setembro

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (21) os resultados da inflação no mês de Setembro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) comparativo com o mês anterior foi de 0,31% em agosto para 0,08% em setembro. As maiores variações com queda foram nos produtos de alimentação e bebidas (-0,25%) e artigos de residência (-0,18%), enquanto as maiores variações com alta foram nos produtos de habitação (+0,70%) e vestuário (+0,32%). A tabela completa encontra-se no site do IBGE.

Comparando com anos anteriores, é a menor leitura para o mês de outubro desde 2009, quando o IPCA-15 subiu 0,18%. O acumulado do indicador, de janeiro à outubro é de 8,27%, acima da meta de 4,5% estipulada pelo Governo.
O gráfico abaixo, com base nas tabelas históricas do IBGE, mostram a inflação acumulada até o mês de Setembro, de 1995 (primeiro ano após o Plano Real) até 2016.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Sorteio "O Monge e o Executivo"

A GFC - Gestão Financeira Criativa está realizando um sorteio do livro "O Monge e o Executivo", do autor James C. Hunter, escrito em 1989.

Trata-se de um dos livros mais famosos do mundo dos negócios. Ele conta a história de um grupo que, durante uma semana, vai estudar com um dos maiores especialistas em liderança dos Estados Unidos. Este especialista chama-se Leonard Hoffman, um famoso empresário que abandonou sua brilhante carreira para se tornar monge em um mosteiro beneditino. A narrativa é feita por John Daily, um homem de negócios bem sucedido que percebe que começa a fracassar tanto no âmbito profissional quanto no âmbito pessoal. John é um dos participantes do grupo que participa desse retiro. O resumo completo do livro encontra-se no site da editora Sextante.
Na rede social de leitores, Skoob, o livro já foi lido por mais de 69.000 pessoas, está sendo lido por mais de 1.000 e encontra-se na lista de desejados de mais de 4.600 leitores.
Em 2013 o livro bateu a marca dos 3 milhões de exemplares vendidos, com uma tiragem média de 3.000 cópias, de acordo com a Folha. Na lista do portal Publishnews, em 2015 "O Monge e o Executivo" ficou em 2º lugar do ranking de livros de Negócios, com 65.095 cópias vendidas. Em 2016, até o momento, já foram mais de 27.000 vendas.
Para participar do sorteio, é necessário curtir a página da GFC - Gestão Financeira Criativa no Facebook, entrar no link do sorteio, clicar e Participar e compartilhar na timeline. O sorteio será realizado no dia 31 de Outubro.

Corte da Selic


Conforme previsto pelo boletim Focus do Banco Central, a reunião do Copom decidiu ontem (19) cortar a taxa Selic de 14,25% para 14%. Foi a primeira redução desde 2012. Apesar do corte, o valor da Selic ainda continua favorecendo uma série de investimentos de renda fixa, como CDBs com taxas pós-fixadas, os fundos DI e o tesouro Selic. A poupança ainda continua sendo desinteressante, pois ela só se atrela à Selic quando ela é menor ou igual à 8,5% ao ano.
Em seu comunicado, o Copom resumiu o corte atrelado aos seguintes pontos: atividade econômica abaixo do esperado no curto prazo, incertezas da economia global, inflação alta. A decisão foi decidida por unanimidade,e a meta da inflação para 2017 e 2018 é 4,5%.
A tabela abaixo, disponível no site do Banco Central mostra a evolução da Selic do início de 2015 até a reunião de ontem, primeira redução da taxa Selic desde 2012.


Fintechs

Após vivenciar uma onda de startups dos mais diversos setores, já era de se esperar que estas também atingissem o segmento financeiro. Conforme já esperava o presidente do JPMorgan, Jamie Dimon, as startups mais cedo ou mais tarde tirariam a exclusividade que os bancos e as seguradoras tinham sobre os serviços financeiros. Só não era esperado que o volume e a força do movimento fosse tão rápido.
Surgiu então o termo Fintech, da junção de Finanças com Tecnologia. Sua origem vem de um programa de aceleração de startups promovido pela Accenture, em parceria com a prefeitura de Nova Iorque.
Segundo a Venture Scanner, já existem no mundo mais de 1.934 startups fintechs, de 58 países diferentes, com faturamento total chegando nos US$ 54 bilhões. Segundo o Goldman Sachs, US$ 4,7 trilhões das receitas bancárias podem ir parar na mão dessas startups financeiras.
A ideia é que cada vez menos as pessoas tenham que ir nos bancos. A solução seria totalmente pelo mundo digital. Estes novos produtos são mais fáceis e mais simples de usar, disponíveis o tempo todo, e, em muitos casos, reduzem uma série de burocracias. Os preços também costumam ser inferiores e, acabam se aproveitando do baixo índice de satisfação dos clientes com seus bancos.
Enquanto países como EUA e Inglaterra já têm fintechs aparecendo há mais de 5 anos, no Brasil a coisa é mais recente. O surgimento vem ocorrendo nos últimos 2 anos. Fatores como o engessamento de instituições financeiras, sucesso no exterior, crescimento do empreendedorismo no país e a crise econômica acabaram se transformando em grandes incentivos. 
O FintechLab vem realizando um estudo (disponível em http://fintechlab.com.br/index.php/2016/09/08/novo-radar-fintechlab-ja-sao-mais-de-200-empresas/) dessas startups, que já se encontra na sua 3ª edição. Em 2015 foram mais de 130 iniciativas mapeadas nas categorias Pagamentos, Gerenciamento Financeiro, Empréstimos e Negociações de Dívidas, Investimento, Funding, Seguros, Eficiência Financeira, Segurança, Conectividade e Bitcoin. No último Radar Fintechlab o número de fintechs já ultrapassou a casa de 200.
Os números mostram o forte impacto que estas empresas vêm mostrando: em 2015, 3 em cada 10 fintechs tiveram faturamento superior a 1 milhão de reais, número que deve chegar em 50% em 2016; 1 em cada 5 já possuem mais de 20 funcionários e estão recebendo muitos investimentos. O estudo FintechLab estima que o faturamento em conjunto das fintechs brasileiras já ultrapassou o 16º  banco na lista de faturamento.
As perspectivas para o setor é da criação de uma organização institucional das fintechs brasileiras, aumento do investimento externo, movimento mais agressivo dos bancos, movimentação de grandes empresas de tecnologia.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

CDI


É muito comum encontrar-se investimentos que estão atrelados ao CDI. Mas o que é um CDI?
O mercado interbancário de reais é o instrumento do sistema financeiro capaz de traduzir as expectativas do mercado. Neste segmento, o Banco Central não tem acesso, e os preços estão livres da intervenção.  Trata-se de um mercado restrito aos bancos e aos brokers (aqueles que conectam compradores e vendedores de dinheiro em títulos privativos).
O custo do dinheiro de um dia negociado no mercado interbancário é chamado de Depósito Interfinanceiro (DI), sendo muito próximo ao custo de troca das reservas bancárias disponíveis em títulos federais que ocorrem no mercado aberto (Selic). A distorção entre estes dois custos é causa, na maioria das vezes, em função da disponibilidade de moeda na economia, aumentando a demanda dos bancos por esta.
Os Certificados de Depósito Interbancário (CDI) foram criados na década de 80 a fim de garantir uma distribuição de recursos que atendesse a demanda das instituições financeiras. Os CDIs são parecidos com os CDBs, porém eles têm negociação restrita ao mercado interbancário. Ou seja, eles transferem recursos de uma instituição financeira para outra.
Os CDIs têm prazo de um dia útil e podem ser negociados na forma pré-fixada ou pós-fixada. Quanto maior for a cotação do CDI, mais valioso será o custo do dinheiro.
Para pessoas físicas, os seguintes investimentos possuem relação com o CDI: CDBs, LCIs, LCAs, LCs, Tesouro Direto, Bolsa de Valores.
Para calcular o rendimento, basta multiplicar o valor da cotação da taxa com o valor do rendimento dos produtos. Ou seja, quanto maior for a taxa de CDI do mercado, maior será o rendimento.
No site da Cetip é possível encontrar o valor atual do CDI, conforme a imagem abaixo.



terça-feira, 18 de outubro de 2016

BANCOS

Mais um vídeo do Porta dos Fundos que mostra bem como é a relação dos consumidores com os bancos. Se não prestar atenção, o cliente acaba passando por um verdadeiro "assalto".

Bancos III

O Procon é uma boa alternativa para os casos em que os bancos não conseguem resolver algum problema. Através do site http://portal.mj.gov.br/ControleProcon/frmLogon.aspx é possível consultar o Procon de cada região.

O Procon do estado de São Paulo possui em sua página o ranking acumulado de atendimentos. Como pode-se ver na imagem, no ranking acumulado de 2016, dos 20 primeiros colocados, 5 são bancos.


Bancos II

No post anterior, foram mostrados os números do Reclame AQUI em relação às reclamações aos bancos.

Além do Reclame AQUI, existem outras formas de se prestar queixas relacionadas aos bancos.

Em casos mais extremos, onde o problema não foi atendido pelos canais de comunicação nem pelo Reclame AQUI, uma alternativa é recorrer ao Banco Central.

Neste caso, o procedimento é da seguinte forma: o cidadão envia a reclamação ao Banco Central, que encaminhará esta à Instituição Financeira. Esta por sua vez responde ao cidadão, com o BC em cópia, num prazo de 10 dias úteis. Por fim, o BC toma várias iniciativas com base nas reclamações (ações de fiscalização, melhorias na regulação, ranking de instituições financeiras por reclamações, ações de educação financeira).

Todo mês o BC lança o ranking. A figura abaixo mostra o ranking do primeiro semestre de 2016, das instituições com mais de 2 milhões de clientes. O índice mensal de reclamações apresenta a evolução, mês a mês, do índice de reclamações (quantidade de reclamações por milhão de clientes)




As reclamações e os ranking podem ser consultados em http://www.bcb.gov.br/pre/portalCidadao/bcb/reclamacaoDenuncia.asp

Bancos

O Banco Central anunciou que aumentará a fiscalização sobre os bancos, para que estes melhorem o atendimento. O número de queixas é bem agravante, além de terem canais de atendimento não tão bons.
De acordo com o Reclame AQUI, as 10 principais instituições bancárias do país somavam 10.896 reclamações no começo de 2016. 78,8% dos problemas foram solucionados. Apesar do volume elevado de reclamações, 90% dos bancos possuem o Selo RA1000, com boa reputação entre seus clientes.
O ranking por número de reclamações é: Itaú, Caixa Econômica, Banco do Brasil, Santander, Cetelem, Bradesco, BMG, Banco Pan e Citibank.
A medida do Banco Central é de acompanhar mais de perto as instituições mais reclamadas. A partir das fiscalizações e reclamações serão feitas as devidas punições.
Porém nem tudo chega aos olhos e ouvidos do BC. É direito e dever do consumidor ter um atendimento com qualidade. Por isso, cabe a nós fazermos a fiscalização e reclamações quando forém necessárias.
O Reclame AQUI é um portal onde as reclamações podem ser cadastradas, e, é diretamente por lá, que são atendidas. A figura abaixo mostra o ranking de reclamações para três tipos de problemas muito frequentes nos bancos.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Gasolina

Na última sexta-feira (14) a Petrobras anunciou a redução do preço da gasolina e do diesel no Brasil, num cenário marcado por preços mais baixos no exterior e queda dos combustíveis no país. Trata-se da nova política de preços da estatal. A avaliação do preço será mensal.
O preço cobrado da estatal para as distribuidoras sofreu queda de 3,2% para gasolina e 2,7% no diesel. Porém, o preço não é afetado diretamente para o consumidor final tão cedo. No sábado de manhã já se via pessoas procurando os preços mais baratos, porém, antes de chegar ao consumidor final, o combustível percorre um caminho, conforme mostra a figura da própria Petrobras. O preço pago é um somatório de custos de distribuição e revenda (16%), custo etanol anidro (15%), Impostos (38%) e realização Petrobras (31%).
Segundo cálculo da Petrobras, a queda no preço para o bolso do consumidor deve ser de até 1,4% (R$0,05 por litro). Porém, segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a gasolina no Brasil está 15% acima da média dos preços do exterior.
A expectativa é que essa medida também ajude no processo de redução da inflação, já que afeta diretamente o valor de fretes e transportes.

COPOM

No meio desta semana ocorre a famosa reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). É um órgão do Banco Central, existente desde 1996 para estabelecer as diretrizes e metas da política monetária e definir a taxa básica de juros. As decisões têm como objetivo cumprir as metas para a inflação.
São membros do Copom o presidente do Banco Central e os membros da Diretoria Colegiada do Banco.
Desde julho de 2015 os juros básicos estão em 14,25% ao ano, maior número atingido desde o ano de 2006. Depois de todo esse tempo, a expectativa é que haja redução na taxa Selic. De acordo com o boletim Focus, que realiza pesquisas semanais com instituições financeiras, a Selic deve atingir o patamar de 14% (conforme mostra a figura), primeira queda desde outubro de 2012. Até o fim do ano a perspectiva é que a Selic chegue em 13,5%.
O boletim completo pode ser visto no link https://www.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/R20161014.pdf
Por isso, quem estava pensando em investir nos títulos do tesouro, agora é um bom momento. Conforme aumenta-se a expectativa de maior estabilidade no cenário econômico, maior as chances das taxas dos títulos prefixados recuarem.
Os preços dos títulos são inversamente proporcionais às taxas oferecidas. Ou seja,reduzindo-se a inflação, a tendência é que o preço dos títulos subam.

domingo, 16 de outubro de 2016

Dica 15: Cartão de Loja

Boa parte das grandes lojas têm seus funcionários insistindo aos clientes para fazerem o cartão da loja, alegando que só traz benefícios. Porém não é bem assim...
O primeiro passo é solicitar a tabela com tarifas. Deve-se observar se há anuidade, quais são as taxas de juros para financiamento e parcelamento, entre outras. Na maioria dos casos, acabam sendo números muito superiores aos dos cartões de créditos oferecidos pelos bancos. Na hora da adesão, seja presencial ou pela internet, essas informações sempre ficam "escondidas", por isso é muito importante solicitá-las antes de assinar qualquer coisa.
Há alguns casos ainda que a fatura do cartão não pode ser paga pela internet, sendo necessário ir até a loja efetuar o pagamento.
Em relação à descontos, vantagens, programa de prêmios, quase sempre as chances de se ganhar são poucas e os descontos oferecidos não pagam todas as taxas cobradas.
Mesmo que, após a análise, o consumidor veja vantagens no cartão de uma determinada loja, deve-se manter o total controle sobre este e ficar atento sempre às cobranças.
A figura abaixo mostra um levantamento feito no site de algumas das principais lojas que oferecem estes cartões. Em boa parte dos casos as tarifas estavam bem escondidas, e, quando encontradas, mostram números assustadores.
Basta compará-las, por exemplo, com o Nubank, que não possui anuidade e sua taxa de juros é de 14% ao mês.


Dica 14: Fatura Mínima do Cartão de Crédito

Chega o tão temido dia do fechamento da fatura do cartão de crédito e o consumidor se assusta com o valor que terá que pagar e o quanto tem disponível em sua conta corrente para isso.
Não existe uma fórmula exata que os bancos usam para definir o limite de cada cliente, porém, costuma-se usar a renda pessoal para isso, pois é um bom parâmetro para definir a capacidade de pagamento.
O funcionamento é simples. Se o usuário tem um limite de R$1.000,00, e faz uma compra de R$200,00, ele ainda tem disponíveis R$800,00 para compras até o pagamento da fatura. O limite volta ao valor inicial quando a fatura é paga integralmente. Para compras parceladas, o que conta é o total da compra. Este total é subtraído do total da fatura, e não as parcelas mensais.
Os bancos oferecem o pagamento mínimo da fatura. Porém, os juros cobrados para essa operação são os mais caros do mercado. É uma forma de crédito que faz o saldo rodar para a próxima fatura.
Os juros de financiamento da dívida acabam sendo maiores que os juros do parcelamento. Por isso o parcelamento deve ser preferência.
É importante tomar todo o cuidado e controlar ao máximo, pois o pagamento da fatura mínima acaba se tornando uma bola de neve, só vai se acumulando mais problemas.
A figura abaixo, da Exame, com base nos dados do Banco Central, mostram o quanto se paga de juros, após um ano, com uma dívida de R$500 no cartão de crédito, nos principais bancos do país.


sexta-feira, 14 de outubro de 2016

SELIC

Todo mundo já ouviu falar na SELIC, porém pouca gente realmente sabe explicar o que é essa taxa e como ela é parâmetro para muitos investimentos.
A taxa SELIC é a principal taxa de referência do mercado, regulando todas as operações dos títulos públicos federais no Sistema Especial de LIquição e Custódia (SELIC) do Banco Central. É a sua média diária que reajusta diariamente os preços unitários dos títulos públicos. Ou seja, é a taxa pela qual o BC realiza a compra e a venda dos títulos. Seu valor é definido nas reuniões periódicas do Comitê de Política Monetária (Copom).
A taxa Selic define o piso dos juros no país, servindo como referência para alguns investimentos bancários, empréstimos. Trata-se de um importante instrumento para o controle da inflação. Ou seja, agora que a inflação encontra-se alta, eleva-se a taxa Selic, pois ela reduz o consumismo.
Em relação ao dólar, uma taxa Selic muito alta tende a reduzir o valor da moeda no Brasil, pelo fato dos investidores estrangeiros fazerem aplicações atreladas aos juros.
A última reunião do Copom manteve o valor da Selic em 14,25%. A maior taxa que o Brasil já teve foi de 45% em 1999.


Capital Social

No momento de abrir uma empresa, independente do tamanho e formato, os sócios devem informar qual é o valor do Capital Social. Trata-se do poder financeiro da empresa, em outras palavras, o montante investido pelos sócios no início dos negócios.
As primeiras atividades de uma empresa se dão a partir do investimento feito pelos seus sócios. Logo, é importante ter uma estratégia para definição do valor do capital social. Como pontos a se considerar, tem-se: insumos e materiais necessários para a linha de produção (produtos) ou mão de obra necessária para prestação do serviço, gastos com publicidade, e todas as demais despesas que a empresa terá até começar a ter o cenário de lucro. A integralização do capital social pode ocorrer na forma de dinheiro ou bens.
A formalização do valor ocorre no Contrato Social, com o valor e a natureza dos recursos doado por cada um dos sócios. Para aumentar o capital social, deve-se ter a quantia necessária e realizar alteração na junta comercial.

Mesada

Quanto antes se começar a educação financeira, melhor, podendo começar desde as primeiras atividades sociais da criança. Na sociedade em que vivemos, o consumismo se dá desde os primeiros dias. Porém, o primeiro conceito é o de QUERER.
É com o passar dos anos que a criança começa a entender que não basta simplesmente querer as coisas, é preciso COMPRAR. Por isso, a frase que antes era "Eu quero", acaba se tornando "Me dá dinheiro?"
Nessa fase, ainda cabe aos pais a decisão das compras. É importante esclarecer aos filhos que não se pode ter tudo o que quer, e que nem sempre se tem dinheiro. A criança deve entender que o dinheiro é fruto de um trabalho realizado.
Um instrumento bem antigo, porém de grande importância na educação financeira é o cofrinho. É a partir dele que se faz o hábito de poupar. Mesmo adultos podem usar deste artifício, em situações mais complicadas, poupando recursos, juntando as moedas, e não violando o mesmo.
A mesada é artifício para simplificar a abordagem dos pais quanto ao dinheiro. Muito pais acabam adotando a política de não dar mesada, e sim, entregar dinheiro aos filhos quando eles pedem. Porém, a longo prazo isso tem muito mais consequências negativas do que positivas. A mesada nada mais é do que uma ótima ferramenta de educação financeira.
É a partir do próprio dinheiro que a criança passa a entender direito de decidir sobre como gastá-lo. É importante que esta não seja usada como instrumento de chantagem, nem como prêmio por boa educação, nem imposta como uma obrigação, mas sim como a possibilidade dos filhos gerirem seu próprio dinheiro.
O valor da mesada deve ser negociado, de acordo com o padrão de vida familiar. O ideal é que se converse e faça uma estimativa com gastos com lanches na escola e algumas atividades de lazer. O valor da mesada tende a aumentar com o aumento das responsabilidades. E, a partir do momento em que o filho começa a fazer estágios e trabalhos, começa-se a diminuir a proporção da mesada na mesma proporção que a renda própria chega.
Hoje, existem diversas ferramentas que facilitam o controle dos pais e dos próprios filhos sobre a mesada. Bancos oferecem cartões mesada, por exemplo.
Quando acabar a mesada e a criança quiser mais dinheiro, pro exemplo, pode-se praticar e ensinar o princípio do empréstimo. A criança recebe um dinheiro, mas terá que devolvê-lo com uma taxa. O mesmo pode ser aplicado no caso contrário. Por exemplo uma criança que quer uma bicicleta, poupando uma parcela da mesada por mês. Os pais podem criar uma "política de investimentos".
Além de tudo isso, incentivos a leituras e atividades sobre finanças pessoais, bem como investimentos (poupanças, fundos, entre outros) ajudam na formação financeira da criança, e quanto antes melhor. Ensinar a registrar e controlar as finanças também é uma prática muito importante. E, não se esqueça, os filhos acabam sendo reflexo dos pais, então é fundamental passar uma boa imagem em relação ao assunto, se não todas as práticas anteriores podem não ter valor algum.

Dia das Crianças

O dia das crianças chegou, porém um ponto que é muito importante os pais tratarem desde cedo com os filhos é o dinheiro. As crianças de hoje em dia serão as pessoas que daqui 20 anos estarão movimentando todo a economia do país. Pode-se dizer que a preocupação da maioria dos pais, hoje, é fazer reservas financeiras para garantir estudos, carro ou moradia dos filhos, porém, muito além disso, a grande preocupação deve ser a educação financeira dos mesmos.
O Brasil ainda engatinha no quesito Educação Financeira. É algo que vem crescendo, mas ainda são poucas as escolas que se preocupam com o assunto. Gustavo Cerbasi, autor do livro "Pais Inteligentes Enriquecem seus Filhos", aponta que até 2002 a educação financeira parecia muito distante das escolas, porém, destaca que em 2011 foi concluído o projeto para o ensino da disciplina Educação Financeira. A matéria passou a ser multidisciplinar nas escolas públicas do 2º ao 9º ano. Porém, para que seja efetiva, é necessário que haja uma boa formação financeira entre os professores.
Ainda em seu livro, Cerbasi descreve que os seis princípios fundamentais para ensinar as crianças são: valorizar, celebrar, orçar, investir, negociar e equilibrar. Já as atividades são: ensinar todos os dias, ensinar com diversão, ensinar pelo exemplo, ensinar com justiça, ensinar com humildade, ensinar com carinho.
No próximo post serão apresentadas formas de se calcular e entregar a mesada.

Conta Corrente Gratuita

Conforme já postado na página, todo banco tem por obrigação oferecer a conta sem cobrança de tarifa alguma, que é a conta corrente dos serviços essenciais.
O vídeo abaixo, do Canal do Otário, mostra um pouquinho mais o que o consumidor pode fazer caso o banco se dizer desconhecido sobre o assunto.

Dica 13: Nota Fiscal Paulista

De acordo com um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), o brasileiro trabalha até o primeiro dia de junho só para pagar impostos. Ou seja, são mais de 150 dias só para arrecadar o dinheiro que deve ser repassado às suas obrigações tributárias.
Os impostos incidem sobre rendimentos (IR, contribuições previdenciárias e sociais), consumo de produtos e serviços (PIS, COFINS, ICMS, IPI e ISS) e patrimônio (IPTU e IPVA).
No ranking geral de países, o Brasil é o 8º no número de dias trabalhados para pagar impostos. Além disso, até o momento, a arrecadação do impostômetro para o ano de 2016 já chega em mais de R$ 1,5 trilhões.
Uma forma de recuperar um pouco esse rombo é a Nota Fiscal Paulista (para os moradores do estado de SP). O programa devolve até 20% do ICMS. A medida acaba sendo um incentivo, também, para que os estabelecimentos entreguem o documento fiscal.
Para conseguir o desconto, os consumidores devem se cadastrar no site http://www.nfp.fazenda.sp.gov.br/default.asp e exigir CPF ou CNPJ na nota fiscal no momento da compra. O resgate de crédito pode ser feito em dinheiro e abatendo impostos. Até o momento já foram distribuídos mais de R$ 14,5 bilhões. Também existem sorteios para os cadastrados.

A Secretaria da Fazenda liberou ontem (10) R$ 679 milhões para resgate.