sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Mesada

Quanto antes se começar a educação financeira, melhor, podendo começar desde as primeiras atividades sociais da criança. Na sociedade em que vivemos, o consumismo se dá desde os primeiros dias. Porém, o primeiro conceito é o de QUERER.
É com o passar dos anos que a criança começa a entender que não basta simplesmente querer as coisas, é preciso COMPRAR. Por isso, a frase que antes era "Eu quero", acaba se tornando "Me dá dinheiro?"
Nessa fase, ainda cabe aos pais a decisão das compras. É importante esclarecer aos filhos que não se pode ter tudo o que quer, e que nem sempre se tem dinheiro. A criança deve entender que o dinheiro é fruto de um trabalho realizado.
Um instrumento bem antigo, porém de grande importância na educação financeira é o cofrinho. É a partir dele que se faz o hábito de poupar. Mesmo adultos podem usar deste artifício, em situações mais complicadas, poupando recursos, juntando as moedas, e não violando o mesmo.
A mesada é artifício para simplificar a abordagem dos pais quanto ao dinheiro. Muito pais acabam adotando a política de não dar mesada, e sim, entregar dinheiro aos filhos quando eles pedem. Porém, a longo prazo isso tem muito mais consequências negativas do que positivas. A mesada nada mais é do que uma ótima ferramenta de educação financeira.
É a partir do próprio dinheiro que a criança passa a entender direito de decidir sobre como gastá-lo. É importante que esta não seja usada como instrumento de chantagem, nem como prêmio por boa educação, nem imposta como uma obrigação, mas sim como a possibilidade dos filhos gerirem seu próprio dinheiro.
O valor da mesada deve ser negociado, de acordo com o padrão de vida familiar. O ideal é que se converse e faça uma estimativa com gastos com lanches na escola e algumas atividades de lazer. O valor da mesada tende a aumentar com o aumento das responsabilidades. E, a partir do momento em que o filho começa a fazer estágios e trabalhos, começa-se a diminuir a proporção da mesada na mesma proporção que a renda própria chega.
Hoje, existem diversas ferramentas que facilitam o controle dos pais e dos próprios filhos sobre a mesada. Bancos oferecem cartões mesada, por exemplo.
Quando acabar a mesada e a criança quiser mais dinheiro, pro exemplo, pode-se praticar e ensinar o princípio do empréstimo. A criança recebe um dinheiro, mas terá que devolvê-lo com uma taxa. O mesmo pode ser aplicado no caso contrário. Por exemplo uma criança que quer uma bicicleta, poupando uma parcela da mesada por mês. Os pais podem criar uma "política de investimentos".
Além de tudo isso, incentivos a leituras e atividades sobre finanças pessoais, bem como investimentos (poupanças, fundos, entre outros) ajudam na formação financeira da criança, e quanto antes melhor. Ensinar a registrar e controlar as finanças também é uma prática muito importante. E, não se esqueça, os filhos acabam sendo reflexo dos pais, então é fundamental passar uma boa imagem em relação ao assunto, se não todas as práticas anteriores podem não ter valor algum.

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